Economia e mercado 06 Dez
2018 está sendo um ano curioso para a Huawei: a companhia chinesa se consolidou nos últimos meses como a segunda maior fabricante de smartphones do mundo, ultrapassando a Apple em número e de vendas e prevendo superar até mesmo a gigante sul-coreana Samsung no próximo ano, mas dezenas de problemas em relação à diplomacia com os Estados Unidos (e mais veemente com o próprio Donald Trump) e mais recentemente com a prisão da filha do fundador da Huawei causam instabilidade para a companhia.
Agora, de acordo com a Reuters, fontes ligadas à agência de notícias teriam afirmado que o governo japonês planeja banir a compra de equipamentos da Huawei e ZTE, ambas fabricantes chinesas ligadas em supostos vazamentos de inteligência e ataques cibernéticos.
Acusadas por Donald Trump há meses, o governo dos Estados Unidos ainda segue sem conseguir provar o envolvimento direto do governo chinês em utilizar as fabricantes para obter dados de estadunidenses.
Os Estados Unidos do governo Trump segue acreditando que o governo da China utiliza a Huawei e ZTE como forma de monitorar e obter informações de outros países, tanto que a própria Huawei já foi proibida de construir suas redes de infraestrutura 5G em países como os EUA, Austrália e Nova Zelândia, demonstrando o medo (ou paranoia) de países onde a extrema-direita têm dominado o governo.
O governo do Japão afirmou em nota oficial que planeja revisar regras internas sobre aquisições já na segunda-feira, dia 10 de dezembro.
O porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, se recusou a comentar sobre o caso, mas afirmou que o país está em estreita comunicação com os Estados Unidos em várias áreas, incluindo segurança cibernética.
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