17 Jan
Atualização (12/04/19) – RB
Nesta quinta-feira (11), após a prisão do seu fundador, Julian Assange, o WikiLeaks disponibilizou os dados brutos do seu site a todos os internautas. As informações vão desde o governo dos Estados Unidos até figuras políticas do Brasil, como o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e a ex-senadora Roseana Sarney (MDB-MA).
Entre os tipos de material contidos no acervo divulgado pelo site de Assange, estão contratos, documentos e atas de reuniões, entre outros assuntos. Grande parte deles já haviam sido revelados anteriormente.
Outro material presente na relação indicaria que o fundador da Apple, Steve Jobs, teria morrido de Aids, e não em decorrência de um câncer no pâncreas. O site já havia divulgado o suposto exame do executivo, mas chegou a ser provado posteriormente que não passava de um boato.
A liberação de todos os arquivos teria sido um pedido do seu próprio fundador. Apesar de não existir ainda um número exato, é certo que existem milhares de dados em toda a coletânea publicada.
Até o momento, não foi divulgado se os arquivos ficarão disponíveis a todo o momento ou serão retirados do ar depois de um prazo. Os arquivos do site WikiLeaks podem ser acessados por meio deste link.
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Texto original (11/04/19)
Preso no Reino Unido, fundador da WikiLeaks deverá ser extraditado para os EUA
O fundador da WikiLeaks, Julian Assange, foi preso hoje na embaixada equatoriana em Londres por violar as condições de fiança no país. E depois disso, foi preso novamente em nome dos EUA, que confirmaram que haverá um processo de extradição. Ele teve sua internet bloqueada no final de março por criticar a prisão do ex-presidente da Catalunha.
A segunda prisão aconteceu quando estava sob custódia da polícia de Met, em Londres, e Assange deve seguir para o Tribunal de Magistrados de Westminster esta tarde, de acordo com o WikiLeaks.
No Twitter, a WikiLeaks afirmou que Assange foi preso e deve ser extraditado acusado de conspiração com Chelsea Manning, ex-analista de inteligência do exército, por publicar informações qualificadas sobre crimes de guerra cometidos em 2010.
Julian Assange will be taken to Westminster Magistrates court this afternoon. He has been arrested under a US extradition warrant for conspiracy with @xychelsea for publishing classified information revealing war crimes in 2010.https://t.co/vvbZBOgCwL
— WikiLeaks (@wikileaks) 11 de abril de 2019
A acusação contra Assange nos EUA foi revelada no ano passado, depois que se descobriu uma declaração judicial não relacionada contendo informações sobre uma acusação contra o fundador da WikiLeaks. Os promotores do Departamento de Justiça confirmaram que Assange foi acusado por conta de uma invasão a um computador norteamericano.
Os promotores disseram ainda que o fundador da WikiLeaks ajudou Manning a entrar no sistema sigiloso do governo dos EUA, conhecido como SIPRNET, de forma ilegal.
Pela lei norteamericana, jornalistas são cobertos pelas proteções de liberdade de expressão garantidas na Primeira Emenda. Ou seja, o simples ato não seria criminoso, mas Assange é acusado de encorajar sua fonte a vazar informações na internet. Por isso, pode pegar até cinco anos de prisão se for condenado, de acordo com os promotores.
Manning teve sua sentença comutada pelo presidente Barack Obama antes de deixar o cargo, em 2017, o que acarretou sua soltura em maio daquele ano. Porém, por recusar o testemunho no grande júri que investiga a WikiLeaks, foi presa novamente neste ano e permanece sem liberdade. Já o processo de extradição de Assange do Reino Unido para os EUA pode levar anos.
O advogado de Assange, Geoffrey Robertson, disse à BBC News que o comportamento dos Estados Unidos é exacerbado, extraditando uma pessoa que divulgou informações de interesse público. Disse ainda que o seu cliente está em melhor situação sob custódia do Reino Unido do que na embaixada equatoriana por conta de seus problemas de saúde. Assange foi preso depois que o Equador retirou seu asilo diplomático, embora tivesse concedido cidadania ao preso em janeiro.
Em janeiro, Assange afirmou que o ex-presidente Michel Temer é um espião 'bem-pago' pelo governo dos EUA. Recentemente, posicionou-se sobre temas como fake news e diversidade.
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