Android 21 Mai
Além de perder os seus laços com o Google, Microsoft, Intel e Qualcomm, a Huawei agora corre o risco de ficar sem outra parceira extremamente estratégica: a ARM. Para quem não conhece, a empresa é responsável pela a arquitetura usada na maioria dos processadores mobile da atualidade.
Fundada em 1990, a companhia foi adquirida pelo Softbank e não produz processadores, mas licencia diversas tecnologias que são incorporadas até mesmo nos chips Kirin da Huawei. Por isso, apesar da chinesa afirmar que tem capacidade de sobreviver sem a Qualcomm, a parceria com a ARM é extremamente importante para essa estratégia.
Em um memorando interno encaminhado para seus executivos, a ARM chegou a afirmar que seus projetos possuem "tecnologias desenvolvidas nos Estados Unidos". Por isso, a companhia acredita que também possa ser atingida pelas restrições impostas pelo governo Trump.
Após o vazamento do documento da ARM, um analista de mercado chegou a afirmar que esse pode ser o "golpe fatal" para os negócios de processadores da Huawei. Isso porque a chinesa paga milhares de dólares em licenças para utilizar tecnologias que pertencem a empresa agora japonesa.
Procurada para comentar o assunto, a ARM, que também possui escritórios nos Estados Unidos, disse que está "cumprindo todas as regulamentações mais recentes estabelecidas pelo governo dos EUA". Já a Huawei disse por meio de um porta-voz que "não tem nada para informar no momento".
De toda forma, funcionários ouvidos pela BBC afirmam que, apesar do governo dos EUA ter liberado uma licença de negociação com a Huawei pelos próximos 90 dias, a ARM ainda não foi informada do assunto pelas autoridades. Assim, a companhia deixou de fornecer qualquer licença para a chinesa.
Outro ponto levantado por fontes internas indica que a ARM deve cortar os seus laços com a sua subsidiária chinesa. Assim, nada impede da Huawei continuar usando a tecnologia e licenças da empresa no desenvolvimento do Kirin 985, por exemplo.
No entanto, a empresa não teria mais a quem recorrer para conseguir assistência no desenvolvimento do processador. Isso porque o memorando da ARM é bem claro e afirma que seus funcionários podem ser responsabilizados caso entrem em contato com a chinesa.
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