Android 21 Mai
Como parte de uma estratégia mais ampla, a Apple vem apostando fortemente na divulgação da segurança que os usuários podem encontrar em seus produtos. Por isso, a empresa já lançou uma série de comerciais nos quais destaca a privacidade do iPhone.
Agora, a gigante de Cupertino iniciou a divulgação de um novo recurso que em breve estará presente no seu navegador Safari. Em linhas gerais, a novidade deve impedir que anúncios direcionados rastreiem os usuários.
Isso porque a Apple afirma que achou um "meio termo" para agradar usuários e empresas de publicidade. Assim, o anunciante saberá que alguém comprou o seu produto ou clicou no seu banner, mas ele não terá acesso a qualquer informação privada do usuário.
Atualmente, tudo funciona da seguinte maneira: ao procurar um produto e clicar em um anúncio, o usuário começa a ser acompanhado por um pixel de rastreamento, que é responsável por gravar cada ação realizada no site de destino e repassar essas informações para os anunciantes.
Com isso, essas empresas juntam os dados com cookies de rastreamento do usuário para descobrir o caminho percorrido até o produto. Todo o esquema traz resultados precisos que podem ser usados para a realização de campanhas de marketing usando as preferências do usuário e o histórico de navegação.
De acordo com a Apple, esse sistema precisa ser mudado e algumas pequenas alterações já são suficientes para aumentar a privacidade do usuário. John Wilander, desenvolvedor da empresa, explicou o recurso que está sendo chamado de "Privacy Stabiling Ad Click Attribution":
Os anúncios on-line e a avaliação de sua eficácia não exigem que o site A, no qual você clicou em um anúncio, saiba que você comprou algo no Site B. Os únicos dados necessários para a medição de eficácia são que alguém que clicou em um anúncio no Site A fez uma compra no Site B.
Para simplificar a abordagem da Apple, os usuários não poderão mais ser identificados e as empresas continuarão a ter informações essenciais para saber a efetividade de um anúncio. O Safari também deve atrasar o repasse de informações para um período entre 24 e 28 horas.
Assim, anunciantes não poderão acompanhar ações de usuários em tempo real. O sistema também impede que terceiros recebam informações de usuários, como os sites que ele acessou e os anúncios nos quais ele clicou.
Sabendo das barreiras que podem ser impostas por empresas que atuam no sistema atual, a Apple também está propondo que a World Wide Web Consortium (W3C) torne o novo sistema um padrão da indústria.
Agora resta saber se Google, Facebook e outras gigantes vão apoiar a novidade, uma vez que as empresas são responsáveis por grande parte dos anúncios que vemos na web. De toda forma, enquanto as concorrentes não se manifestam, a Apple acaba reforçando a sua imagem de empresa preocupada com a privacidade.
Comentários