11 Outubro 2019
Estações de carregamento USB em aeroportos se tornaram a salvação para centenas de pessoas. Seja por conta da pressa ou por não ter um smartphone com bateria tão boa como os que recomendamos aqui, o fato é que muitos acabam agradecendo pela praticidade de ter que apenas conectar seu cabo USB em uma ilha de carregamento sem ter que se preocupar com questões de padrão internacional para a tomada.
Mas para Caleb Barlow, vice-presidente da X-Force Theart Intelligence da IBM Security nos Estados Unidos, tal solução prática pode vir também com futuras dores de cabeça para o usuário, além do roubo de dados e um risco enorma para a segurança digital de centenas - ou milhares - de pessoas que conectam seu smartphone às ilhas de carregamento.
Cibercriminosos podem modificar portas USB
Em entrevista à Forbes, Barlow alerta que "conectar [seu smartphone] em uma porta USB pública é praticamente o mesmo que encontrar uma escova de dentes na estrada e decidir colocá-la na sua boca", visto que "você não sabe onde esteve". O executivo ainda reforça para que as pessoas sempre se lembrem de que portas USB são passagem de informações.
Como lembra o artigo, cibercriminosos podem modificar portas USB com chips ou software e instalar malwares (um código/programa/software malicioso) que trabalhariam para roubar dados do usuário sem que o smartphone detecte tal invasão.
Previna-se!
Barlow dá sugestões sobre o que você deve fazer para se prevenir e evitar ter seus dados expostos ou roubados. Para o executivo, utilizar qualquer método alternativo que não seja conector o cabo USB diretamente em uma porta pública já é um grande avanço.
Isso significa que é melhor recarregar o seu smartphone com o seu próprio carregador de tomada (ande sempre com um adaptador para voos internacionais) ou, para ter ainda mais garantia e segurança, utilizar um carregador portátil/power bank próprio para não ter que depender de tomadas disponíveis em aeroportos (que geralmente são poucas).
O executivo também dá mais uma dica caso você realmente insista em uma porta USB pública (sendo a última opção, por exemplo): um acessório chamado Juice-Jack Defender: Com entrada USB e saída USB, o dispositivo bloqueia o roubo de informações ao permitir a passagem exclusiva de voltagem para o carregamento, e não a transmissão de dados do cabo para a porta final.
Existe ainda mais uma última dica: comprar um cabo USB com passagem exclusiva para voltagem e para carregamento, e não para dados. É comum isso acontecer onde cabos são baratos, não oficiais e, por isso, sem suporte para transferência de dados.
De acordo com o Índice 2019 da IBM X-Force Threat Intelligence, a indústria de transportes se tornou um alvo em prioridade para os cibercriminosos e é a segunda indústria que sofre maiores ataques de segurança cibernética com roubo de informações e dados sigilosos.
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