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Mulher é detida por engano pela PM do RJ após falha do sistema de reconhecimento facial

11 de julho de 2019 14

Uma mulher foi detida por engano em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, depois de ter sido confundida com uma criminosa pelo sistema de reconhecimento facial da Polícia Militar.

De acordo com informações do jornal O Dia, o alerta foi emitido no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e, em cinco minutos, a "procurada" foi cercada. Como a suposta criminosa estava sem documentos, ela foi encaminhada até a delegacia.

Isso porque o sistema apontava que a mulher respondia a uma condenação por espancar um homem até a morte. No entanto, após uma hora de averiguação, a polícia percebeu o erro e soltou a inocente.


Segundo o porta-voz da PM, coronel Mauro Fliess, as câmeras trabalham com uma estatística de reconhecimento e, por isso, aconteceu o erro. Funciona assim, esses equipamentos procuram por algumas similaridades entre a pessoa gravada e o banco de dados de criminosos da polícia.

Caso tenha alguma semelhança, a PM é acionada e se dirige até a pessoa. O porta-voz também esclareceu que os militares tentam checar a identificação do abordado no local. No entanto, em caso de dúvidas, o tudo deve ser solucionado da delegacia:

Assim que o sistema aponta 70% de possibilidade da pessoa ser a procurada, uma viatura é direcionada ao local. A abordagem é feita com respeito aos Direitos Humanos e com cautela do agente

Teste das câmeras

As câmeras com sistema de reconhecimento facial começaram a ser utilizadas no Rio de Janeiro durante a realização do Carnaval 2019. Na ocasião, 28 equipamentos foram instalados em Copacabana, sendo que algumas ruas do Maracanã também receberam câmeras no último domingo.

No entanto, o sistema ainda não é perfeito. Por isso, a delegada Valéria Aragão, da 12ª DP, afirma que essa não é a primeira vez em que o equipamento errou:

No Carnaval, quando o sistema funcionou pela primeira vez, já houve um caso assim. Mas isso mostra que estamos integrados e que todas as garantias do suspeito estão sendo observadas

Constrangimento e indenização

A mulher que foi confundida com uma criminosa não se identificou e não deu declarações públicas sobre o ocorrido. Mesmo assim, o advogado criminalista Carlos Maggiolo afirma que cabe indenização no caso de alguém ser levado para a delegacia por engano:

Qualquer pessoa honesta sofrerá constrangimentos e danos psicológicos ao ser detida pela polícia, confundida com uma meliante. Cabe ação de indenização por danos morais

Além disso, em caso de excessos da PM, os agentes também podem responder por abuso:

Dependendo das situações futuras, os agentes públicos ainda poderão responder por crimes como abuso de autoridade e cárcere privado

Polêmicas das câmeras

O uso de câmeras com reconhecimento facial vem levantando um grande debate ético não só no Brasil, mas também no resto do mundo. O caso mais emblemático é o "grande Big Brother Chinês" onde o regime comunista usa 170 milhões de equipamentos para fiscalizar a própria população.

Além disso, a Amazon enfrentou um grande atrito com seus acionistas devido ao lançamento da sua própria solução com reconhecimento facial. Isso porque o sistema da empresa acabou falhando e confundindo políticos dos EUA com criminosos.

O problema é ainda maior com pessoas negras e mulheres. Jesper Rhode, sócio de uma empresa que lida com tecnologia, aponta que é necessário um debate ético sobre o assunto:

Ele é polêmico, pois trabalha com probabilidade. A precisão só é maior com homens brancos. Há uma taxa de erro maior com mulheres, negros e outras etnias. Não me surpreende falsos positivos

Enquanto a sociedade não decide como usar esse tipo de tecnologia, algumas cidades dos Estados Unidos estão proibindo que suas forças de segurança usem câmeras com reconhecimento facial. Um exemplo é São Francisco, a cidade do Vale do Silício.


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Comentários

Mulher é detida por engano pela PM do RJ após falha do sistema de reconhecimento facial
  • Tem que processar sim o estado.
    Tudo que essa bost@ faz "custa" absurdos e nada funciona.

      • tudo depende da maneira como a abordagem é feita. Se a polícia tem a informação obtida legalmente, pode sim abordar a pessoa para confirmar. Se acontecer comigo e forem profissionais, sem abusos, não tem porque solicitar indenização. Só fica ruim mesmo se atirarem primeiro para confirmar depois!

          • É complexo. Só por ela ser levada a uma delegacia indevidamente, já cabe indenização. Mas tem outro detalhe, ela não estava com documentos. Se estivesse, de repente nem precisariam disso, pois poderia confirmar a identidade dela no ato.

            • Enquanto isso o sistema de reconhecimento da China reconheceu um bandido no meu da plateia de um show... Dá para melhorar, quem sabe daqui uns 5 anos.

              • "Qualquer pessoa honesta sofrerá constrangimentos e danos psicológicos ao ser detida pela polícia, confundida com uma meliante. Cabe ação de indenização por danos morais" Acho isso um absurdo! Foi engano, se a pessoa tem trauma de entrar em uma delegacia, coisa boa não está fazendo. kkkk

                  • Tem gente que pode se sentir ofendida em ser confundida com um bandido. É normal. Tem pessoas que levam tão a sério isso, que só em você levantar a hipótese dela ter feito algo de errado, ela já se sentirá muito ofendida. Minha mãe, por exemplo, ela fala que o nome dela é a cosia mais importante q ela tem, entao coisas como uma passagem na polícia ou até mesmo ter o nome negativo, já seria um motivo de extrema vergonha pra ela. Então, se ela fosse levada a uma delegacia por suspeita de ter cometido um crime, que não cometeu, ela ficaria indignada. Você vê muito isso em cidades do interior, onde os moradores prezam muito pela honestidade. Se você fizer algo de errado, você já fica mal visto pela cidade inteira.

                    • Poderiam conversar com a Google, o sistema de reconhecimento de imagens dela é fenomenal! As vezes até me assusta no Google Fotos. Tem a microsoft e facebook também, mas preferem usar um sistema qualquer por aí.

                        • O Huawei é ruim, vamos usar esse 100% nacional... Eles disseram

                          • Deve haver cautela no uso desse sistema ainda, deve-se focar em criminosos perigosos, que possam causar riscos a população... Já foi provado que tem uma falha na identificação de negros e asiáticos, que podem aumentar as taxas de falso positivo...

                            Acredito que o melhor seria uma abordagem de policiais a paisana e com total discrição afim de evitar constrangimentos... Porem a adm publica tem que estar ciente dos riscos de processos por danos morais...

                              • Não está na hora de utilizar isso para esse tipo de finalidade.

                                  • Acredito que por ser um sistema ainda em testes e bem falho, a policia ou seja os agentes que forem interceptar o possível criminoso (a) devem agir com descrição e sem violência para evitar o possível constrangimento caso seja um engano. Mas é obvio que esse tipo de abordagem não sera aplicado a todos os casos, já que as vezes poderá haver resistência e até mesmo confronto e pra isso os agentes devem estar bem preparados.

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