No último final de semana ocorreu um novo ataque armados nos Estados Unidos. Mais especificamente no Texas.

De cunho xenófobo contra mexicanos, foi descoberto que o criminoso que tirou a vida de 20 pessoas e feriu muitas outras frequentava fóruns online e teria passado pelo 8chan, plataforma na qual foi ainda inspirado pela comunidade lá presente.

Não é a primeira vez que um dos "chan" - fóruns anônimos de discussão sobre todo e qualquer assunto que você possa imaginar, legais e ilegais - acaba se revelando como serviço de suporte a crimes de ódio. Mensagens apontam ainda que o ataque à Christchurch na Nova Zelândia teria sido uma inspiração para o jovem de 21 anos já detido pelas autoridades texanas.

Sendo assim, a Cloudflare decidiu por encerrar seu suporte ao 8chan. O anúncio foi feito pelo seu blog oficial, declarando que são fortes as evidências que apontam para o ataque ter sido organizado através do fórum.

A companhia se preocupou ainda em ir contra a livre liberdade de expressão, mas reforçou que enquanto empresa privada por decidir com quem negociar, e por isso está rompendo unilateralmente o contrato de prestação de serviços. Ela diz não ter dúvidas de que alguma rival irá oferecer produto similar ao fórum, como já ocorreu no passado, mas mesmo assim está decidida por desvincular seu nome da plataforma.

Infelizmente não falamos de um incidente isolado. A mesma coisa aconteceu dentro do 8chan antes do ataque na Christchurch, na Nova Zelândia. O atirador de El Paso inclusive se referiu ao incidente de lá e parece ter sido inspirado por uma ampla e não moderada discussão do 8chan que glorifica o massacre.

A Cloudflare é uma espécie de filtro - muito popular - usada por sites para implementar serviços de segurança e otimização. Com ela, plataformas podem evitar ataques maliciosos como DDoS, além de oferecem carregamento mais rápido de páginas aos usuários.

A empresa suporta serviços de empresas gigantes como o Discord, e por isso instabilidades nos seus sistemas tendem a se transformar em um verdadeiro caos na internet.

E você, o que achou da decisão da companhia? Conte para a gente nos comentários!