Lançamentos 06 Ago
Depois de ser alertada pela Justiça sobre o mal uso do termo fibra ótica em suas propagandas, a Claro se vê em outro problema judicial que tira dinheiro de seus cofres.
Claro, a cifra não está nem perto dos R$ 35 milhões que ela poderá perder caso não promova ajustes em suas propagandas. Mas graças ao que uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo chamou de falha na prestação de serviços, a operadora vai ter que pagar R$ 20 mil a uma consumidora.
A cliente teve sua linha clonada e graças a isso um invasor conseguiu acesso ao seu WhatsApp. Através dele obteve acesso a conversas na íntegra, e usou a lista de contatos da vítima para pedir dinheiro se passando por ela.
Ao descobrir ela entrou em contato com a empresa, que recomendou que trocasse de número. A consumidora acatou a decisão, mas logo viu o problema se repetir, com o criminoso se fazendo valer das mesmas práticas.
Assim sendo, ficou determinado que a Claro deveria pagar uma indenização de R$ 5 mil a vítima. Ela, porém, achou o valor insuficiente e pediu que fosse aumentado para R$ 30 mil. O TJ-SP então chegou a um meio termo e fixou o pagamento em R$ 20 mil.
Não há informações de como o invasor conseguiu acesso repetidamente aos dados telefônicos da consumidora. O que essa história parece indicar é que não se tratou de um caso de SIM Swap, crime que envolve engenharia social, buscando informações suficientes sobre um alvo para forjar uma ligação ao call-center e solicitar a migração da linha para um outro chip.
As redes atuais possuem falhas conhecidas que podem ser exploradas por criminosos com um bom conhecimento, principalmente graças ao protocolo SS7. Ele é uma espécie de ponte entre as redes de telefonia móvel, e pode ser desvirtuado para interceptação de mensagens SMS e redirecionamento de chamadas.
A Claro não se pronunciou sobre o episódio.
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