Após a realização do primeiro evento do Snapdragon Tech Summit, o CEO da Qualcomm, Steve Mollenkopf, comentou as perspectivas para o desenvolvimento da rede 5G. De acordo com o executivo, não existe uma corrida entre as principais fabricantes do mercado para dominar a nova tecnologia.

Citando como exemplo o caso da Huawei, Mollenkopf afirmou que, apesar de concorrer com a Qualcomm em alguns setores, a gigante chinesa é importante para o desenvolvimento da rede 5G. Por isso, as duas empresas devem colaborar para que a tecnologia atinja o "crescimento ideal".

Assim, a Qualcomm e a Huawei trabalham juntas para estabelecer os padrões internacionais para o 5G. Por isso, qualquer "guerra" entre as gigantes é algo que não deve acontecer, uma vez que isso iria prejudicar a tecnologia como um todo e atrasar a sua chegada ao consumidor.

Quando questionado sobre pontos que envolvem a guerra comercial entre China e Estados Unidos, o CEO da Qualcomm negou que o país asiático tenha ultrapassado os EUA em tecnologia 5G. Isso porque empresas das duas nações trabalham juntas no desenvolvimento da rede.

Contudo, Mollenkopf reconheceu que os chineses são mais rápidos na implantação e construção de estações base, algo que faz com que a China ative a rede 5G de forma ágil. De toda forma, a "corrida pelo 5G" continua a todo vapor e a previsão é de que mais países ativem a tecnologia em 2020.

Vale lembrar que recentemente a Qualcomm divulgou uma previsão onde indica que o Brasil deve ativar a sua rede 5G no segundo semestre do próximo ano. Tudo agora depende do leilão da Anatel, mas a guerra comercial também tem influenciado a forma como nosso país lida com a nova rede.