Segurança 05 Nov
Após quase dois anos de disputa, China e Estados Unidos assinaram um acordo comercial que deve aliviar a tensão e melhorar a relação entre os dois países. A delegação chinesa foi liderada pelo vice-premiê Liu He, que encontrou o presidente Donald Trump na Casa Branca.
Embora grande parte do texto ainda seja desconhecido, a China vai aumentar as compras de produtos e serviços dos Estados Unidos em US$ 200 bilhões ao longo de dois anos. Como contrapartida, os EUA devem retirar algumas tarifas que estão sendo cobradas sobre importações chinesas.
O acordo cancelou tarifas sobre celulares, brinquedos e laptops. A taxa também foi reduzida para 7,5% sobre cerca de US$ 120 bilhões de outros produtos chineses (TVs, fones de ouvido e calçados).
O presidente Donald Trump comemorou o acordo e transformou o ato em uma vitória para a política comercial do seu governo:
Juntos, estamos corrigindo os erros do passado e entregando um futuro de justiça e segurança econômicas para trabalhadores, agricultores e famílias norte-americanas
Durante a reunião com Trump, Liu He também leu uma carta enviada pelo presidente Xi Jinping na qual ele diz que o acordo é um sinal de que os dois países podem resolver as suas diferenças com diálogo.
A China deve comprar US$ 54 bilhões no setor de energia, US$ 78 bilhões em produtos industriais, US$ 32 bilhões em commodities agrícolas e US$ 38 bilhões em serviços.
No entanto, apesar do compromisso chinês, o governo Trump deve manter tarifas de 25% em uma gama de US$ 250 bilhões de bens e componentes industriais chineses usados por empresas dos EUA. O acordo também não conseguiu reduzir o gigantesco déficit comercial dos EUA com a China.
Mesmo assim, analistas políticos acreditam que esse acordo deve ser usado como um "trunfo" na campanha de reeleição do presidente Trump. Até o momento, a "fase 2" do acordo ainda não tem data para ser assinada, mas as negociações começam em breve.
Apesar do acordo comercial ser um indício de que a China e os Estados Unidos estão começando a se entender, ainda não sabemos se a Huawei será beneficiada nas negociações. Por isso, a gigante chinesa deve continuar impedida de usar os serviços e aplicativos do Google em seus smartphones.
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