Economia e mercado 06 Mar
Em visita aos Estados Unidos no último sábado, o presidente Jair Bolsonaro jantou com Donald Trump e assinou um Acordo de Pesquisa, Desenvolvimento, Teste e Avaliação (RDT&E, na sigla em inglês). O texto prevê que os países cooperem no desenvolvimento de soluções no campo militar.
No entanto, um assessor do alto escalão da Casa Branca disse que a relação entre Brasil e Estados Unidos pode ser prejudicada caso a Huawei entre no mercado 5G. O tema não teria sido tratado diretamente entre os dois presidentes, mas a parceria entre os países vem avançado na área de defesa e inteligência.
Por isso, o governo estadunidense espera que o Brasil não entregue a rede 5G aos chineses. Isso porque a Casa Branca tem tomado uma série de medidas para impedir que a Huawei forneça equipamentos de telecomunicações no seu mercado interno.
Falando em condição de anonimato, o assessor foi direto ao conversar com a Reuters e citou o exemplo do Reino Unido:
Nós acreditamos fortemente, e olhe, claramente, que para ter uma cooperação forte de defesa e inteligência com o Brasil, você sabe, ter os chineses penetrando a rede de 5G, particularmente pela Huawei, iria se tornar um enorme impedimento. Esse é apenas um fato, um fato lamentável. Isso está por exemplo afetando nossa relação com o Reino Unido.
Até o momento, o governo brasileiro ainda não adotou nenhuma medida que impeça a Huawei de fornecer equipamentos para operadoras nacionais. No entanto, o leilão do 5G vem sendo adiado constantemente, indicando que a intenção é esperar que outras empresas alcancem a chinesa:
Isso é realmente um tema de segurança nacional para nós e também deveria ser para o Brasil. Claro que o Brasil não quer que os chineses, através da Huawei ou outros meios, coloquem em perigo a privacidade dos seus cidadãos ou a segurança da sua infraestrutura.
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