Economia e mercado 12 Mar
Como se não bastasse a pandemia de Covid-19 ter impactos na saúde e em diversos outros setores do mundo, o coronavírus tem sido utilizado para a aplicação de golpes nos usuários de celular e PC.
A coluna Detetive TudoCelular separou três casos descobertos nos quais o surto da doença foi explorado para coletar dados dos usuários. Confira:
Nesta semana, um aplicativo foi removido da Google Play Store por coletar dados pessoais da população no Irã. A ferramenta havia sido promovida pelo próprio governo do país, com a alegação de que supostamente teria a capacidade de identificar e acompanhar as infecções por Covid-19.
A retirada da loja de apps do Android ocorreu depois de acusações feitas por diversos usuários. Com o nome de AC19, ele tinha acesso a informações como a localização geográfica e o número de telefone dos usuários.
A desenvolvedora da aplicação teria sido a empresa Smart Land Strategy, responsável por dois clones do Telegram, também deletados da Play Store por coletar dados dos usuários.
Apesar de ter saído da loja oficial do Google, o aplicativo ainda é oferecido por ferramentas de terceiros ou pelo website oficial do recurso.
Um dos primeiros problemas relatados de exploração do coronavírus foi por campanhas de phishing feitas por cibercriminosos. Eles criam e-mails com domínios falsos feitos semelhantes a Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e à Organização Mundial de Saúde (OMS).
Por meio de links maliciosos, os hackers utilizam as emoções humanas para redirecionar os internautas amedrontados com a pandemia para outras páginas, onde conseguem obter suas informações sensíveis de várias maneiras.
O alerta foi feito pela Allot, fornecedora de soluções de inteligência e segurança de rede para provedores de serviços. Ela ressalta que, desde 2013, foram mais de US$ 12,6 bilhões roubados por perdas globais de e-mails corporativos.
No começo de fevereiro, a Bitdefender emitiu um alerta global de segurança, devido à intensificação de ataques de malware que utilizavam a epidemia de coronavírus para enganar usuários.
Segundo a representação da fabricante de antivírus no Brasil, Securisoft, os códigos maliciosos têm contaminado computadores de usuários corporativos e domésticos com o trojar Emotet, conhecido também como Geodo ou Mealybug.
Esse malware é focado em roubo de dados bancários e foi descoberto em 2014. Ele passou a ser utilizado com o uso do coronavírus para atrair os usuários em diversos idiomas. Até então, não tinha aparecido na língua portuguesa, mas nada impede que mensagens no idioma falado no Brasil apareçam, conforme o crescimento dos casos no país.
Uma das recomendações básicas e padronizadas em todos os casos de problemas de segurança digital é nunca acreditar em mensagens ou e-mails provenientes de fontes desconhecidas.
Antes de clicar em links, faça uma pesquisa se realmente procede a campanha contra o coronavírus e veja se há notícias nos veículos de comunicação que abordem o tema. Também evite passar qualquer dado pessoal a anônimos ou em sites suspeitos.
Outro ponto importante é manter instalado algum software antivírus nos seus dispositivos, para que eles detectem quando houver alguma ameaça de cibercriminosos e impedir uma invasão.
Você chegou a receber alguma mensagem ou conhece algum aplicativo suspeito que use o coronavírus para fazer vítimas? Relate para a gente no espaço abaixo.
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