Lançamentos 14 Mai
Boa parte as empresas têm feito o que podem nos esforços do combate ao novo coronavírus, e a Nvidia acredita que entregar seu sistema mais veloz de inteligência artificial poderá ajudar a ciência a economizar um tempo precioso.
A companhia disponibilizou o DGX A100 a universidades e institutos de pesquisas. Se trata de um cluster compacto que combina 5 pentaflops em processamento de inteligência artificial, treinamento, inferência, e análise de dados em uma mesma plataforma. Cada unidade desse monstrinho é capaz ainda de gerenciar o poder de 56 GPUs diferentes para oferecer uma colossal estrutura de data center flexível.
Disponíveis imediatamente, os sistemas DGX A100 começaram ser entregues no mundo todo, com o primeiro pedido para o Laboratório Nacional de Argonne, do Departamento de Energia dos EUA (DOE, U.S. Department of Energy), que usará a IA e a potência computacional do cluster para melhor compreender e combater a Covid-19.
O Centro Médico da Universidade Hamburg-Eppendorf, na Alemanha, utilizará a DGX A100 para impulsionar o apoio às decisões clínicas e a otimização de processos médicos em geral.
NVIDIA DGX é o primeiro sistema de IA criado para o fluxo de trabalho de machine learning de ponta a ponta - da análise de dados ao treinamento e à inferência. E com o enorme salto de desempenho do novo DGX, os engenheiros de machine learning podem ficar à frente do tamanho exponencialmente crescente dos modelos e dados de IA." - Jensen Huang, fundador e CEO da NVIDIA
Os sistemas DGX A100 integram oito das novas GPUs de Tensor Cores NVIDIA A100, fornecendo 320 GB de memória para treinar os maiores conjuntos de dados de IA e as mais atuais interconexões NVIDIA Mellanox HDR 200Gbps de alta velocidade.
Enquanto tudo isso parece meio abstrato para o público em geral, é importante ressaltar que, em palavras da Nvidia, esse é o sistema de IA mais avançado do mundo, e é sabido que machine learning tem sido extremamente útil a pesquisadores ao longo dessa pandemia. Foram sistemas desse tipo os capazes de levantarem uma série de substâncias e compostos químicos potencialmente úteis no combate ao novo coronavírus, e características do funcionamento desse tão problemático vírus. Tudo isso graças a um complexo sistema de simulação de inúmeras variáveis que se equiparam ao mundo real, por assim dizer.
Segundo Mario Aguiar, gerente sênior da Nvidia Enterprise para a América Latina, as pesquisas brasileiras poderão se beneficiar muito desse sistema para otimizar o tempo dos cientistas e pesquisadores em busca de uma vacina para a Covid-19 ou até outras doenças, como Dengue e Zika.
Vale lembrar, Minas Gerais pode ser responsável por um método de diagnóstico da Covid-19 que aceleraria em 40 vezes os resultados de exames, que hoje levam dias para ficarem prontos, e muitas vezes só saem após o óbito de alguns pacientes com a suspeita da doença.
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