Tech 22 Mai
O Brasil, infelizmente, continua sendo altamente afetado pelo coronavírus, já são mais de 20.047 mortes em 310.087 infectados segundo os testes realizados pelo Ministério da Saúde, número que pode ser muito maior devido aos casos de subnotificação, que já foram constatados por diversos governos estaduais. Hoje temos mais um triste marco para anunciar: a América do Sul se tornou o novo epicentro da pandemia.
O anúncio do novo centro pandêmico do coronavírus foi feito por Michael Ryan, que é diretor do programa de emergências da agência, hoje em conferência de imprensa. Um estudo realizado pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, em parceria com instituições brasileiras como a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto já mostrava que o Brasil era visto como o centro da transmissão do coronavírus.
A China foi o primeiro epicentro, seguida pela Europa, onde a maioria dos casos surgiu na Itália e na Espanha. Como você pode ver no mapa de infecção acima, o centro pandêmico do COVID-19 era os Estados Unidos, onde mais de mais de 1,6 milhão de pessoas já foram infectadas e mais de 95 mil pessoas já faleceram em decorrência do coronavírus.
Durante a conferência, Ryan foi questionado sobre a situação atual do Brasil e aproveitou a oportunidade para destacar a quantidade de infectados no estado de São Paulo e Amazonas, além de Rio de Janeiro e Pernambuco, que enfrentam muitas dificuldades ao tratar seus infectados. Logo depois completou dizendo que:
“De certa forma, a América do Sul virou um novo epicentro para a doença. Temos visto muitos países sul-americanos com números crescentes de casos e claramente há uma preocupação com muitos desses países, mas certamente o Brasil é o mais afetado neste momento.”
Por fim, o diretor de emergências da OMS criticou a posição do Governo ao liberar o uso mais amplo da cloroquina, visto que a própria OMS diz o contrário a respeito do medicamento, que já se mostrou perigoso para pacientes em um grupo de testes em Manaus. Segundo Ryan, a substância não pode ser recomendada, pelo menos "não enquanto os testes estiverem completos e tivermos resultados claros.”
Vale lembrar que atualmente o Brasil é o país com a crise mais grave na América do Sul, ficando atrás apenas dos EUA em número de mortes por dia pelo coronavírus.
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