Apesar de estar sofrendo a "sanção máxima" e não poder mais comprar chips da TSMC, a Huawei ainda está tranquila quando o assunto é seu futuro. Isso porque fontes indicam que a empresa conseguiu montar um grande estoque de peças e componentes para usar em novos smartphones.

Muitos desses chips tem tecnologia estadunidense e podem ser usados porque a chinesa comprou antes da primeira sanção dos EUA. Assim, há até mesmo modens da Intel e Xilinx para que a Huawei integre em suas estações bases do 5G e em servidores que operam com serviços em nuvem.

Por mais que a Huawei não comente oficialmente, pessoas que trabalham com a chinesa afirmam que esse estoque de peças pode durar até dois anos. Isso garante que a empresa continue viva até conseguir achar um fornecedor confiável dentro da própria China.

No entanto, o estoque também tem potencial para prejudicar a empresa. Isso porque usar peças defasadas pode torná-la menos competitiva no médio prazo. Outro problema é o impacto financeiro de se criar uma estocagem tão grande de peças.

Segundo analistas de mercado, a chinesa já gastou 167,7 bilhões de yuans (~US$ 23,45 bilhões) para manter os componentes bem guardados. Isso representa um crescimento de 73% nos gastos da companhia com esse tipo de ação.

A maior parte do estoque da Huawei é de chips programáveis Xilinx, uma vez que é difícil substituí-los. No caso dos Kirins, há uma quantidade confortável, mas a empresa deve recorrer a MediaTek no médio prazo

Ao que tudo indica, a Huawei se preparou para uma longa batalha com os EUA. Por mais que possa parecer exagero, outras chinesas também estão seguindo os passos da companhia. Isso porque há um temor de que a guerra comercial entre China e EUA continue escalando.