Segurança 02 Jul
O reconhecimento facial está cada vez mais presente em nossas vidas e agora com a pandemia do coronavírus ele se tornou uma forma ideal para evitar o contato das mãos. Pensando nisso o Serpro está planejando utilizar a tecnologia para substituir documentos físicos em aeroportos de todo o Brasil, entenda agora como isso vai funcionar.
A tecnologia ainda está em fase de testes e foi apresentada no segundo dia de exposições do Digital Week MInfra. A novidade foi criada pelo Serpro e será dedicada ao Ministério da Infraestrutura, que será responsável por checar as identidades nos embarques no futuro, como explicou Carlos Eduardo Gomes, coordenador da Secretaria Nacional de Aviação Civil.
“A responsabilidade pela validação da identidade do viajante deixa de ser das companhias aéreas e passa a ser feita, com toda segurança, pelo Governo Federal.”
O reconhecimento facial do Serpro será alimentado pela base de dados do Denatran e permitirá ainda que as autoridades acompanhem a movimentação do passageiro entre as rotas para saber com quem ele teve contato, assim, caso alguém no voo apresente sintomas de alguma doença contagiosa, todos poderão ser rastreados e informados que devem realizar um exame, como vem ocorrendo com o coronavírus.
Outro ponto interessante é que a tecnologia permitirá automatizar a identificação e rastreamento de criminosos com integração futura com a Polícia Civil e até a Interpol para garantir maior segurança dos funcionários e usuários dessas estruturas, além de facilitar o embarque, indicando a melhor rota até o portão correto e informar imediatamente sobre atrasos e quanto tempo falta para o seu voo decolar.
O sistema utilizará apenas duas selfies para a identificação, uma antes de entrar na área fechada do aeroporto e outra antes do embarque, onde um cartão será emitido com um QR Code Vio, que foi desenvolvido pelo Serpro, que poderá ser utilizado no caso de falta de energia ou conexão de internet.
Além disso, aqueles que não souberem utilizar o celular para tirar as selfies ou não tiverem um no momento, poderão se dirigir até um dos balcões que estará disponível e equipado com o equipamento próprio para esses casos.
Segundo o Serpro, o projeto está alinhado com a Lei Geral de Proteção de Dados, LGPD, e informações dos passageiros somente poderão ser compartilhadas com companhias via convênio prévio entre os órgãos. Além disso, vale lembrar que diversos outros órgãos já utilizam a tecnologia, como por exemplo a polícia do RJ, que a utiliza para identificar criminosos.
Se você quiser saber mais sobre os riscos e benefícios do reconhecimento facial, recomendamos essa edição especial do Detetive TudoCelular a respeito desse assunto.
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