Segurança 06 Ago
Mesmo com diversas vacinas em desenvolvimento acelerado, o diagnóstico do coronavírus continua sendo difícil para muitos médicos e possíveis infectados, entretanto a Universidade de São Carlos - UFScar, acaba de anunciar que seus cientistas criaram um sensor em parceria com o Hospital de Amor de Barretos de baixo custo que pode ser utilizado para detectar o coronavírus.
O novo sensor é utilizado no momento para detecção de câncer de pescoço e cabeça, mas pode ser adaptado para identificar e diagnosticar pacientes sob suspeita por coronavírus. O aparelho detecta os tumores no organismo por meio do microRNA miR-203, que é diferente entre pessoas saudáveis e portadores de câncer.
De acordo com testes realizados durante o desenvolvimento do sensor eletroquímico, ele é tão eficaz quanto um teste do tipo RT-PCR, o que o torna ainda mais cômodo para os pacientes e médicos pois é mais rápido, simples e barato.
Veja uma imagem do sensor utilizado no exame:
De acordo com o professor do Departamento de Química da universidade, Ronaldo Censi Faria, bastam algumas adaptações para que o sensor criado possa diagnosticar a COVID-19, pois "o sensor permite a detecção de microRNAs de forma geral, e pode identificar qualquer doença que tenha esse tipo de biomarcador como alvo."
Isso deve ocorrer em breve com mais casos surgindo em São Carlos, o que permitirá acesso a amostras de sangue infectadas pelo coronavírus, dessa forma será possível calibrar esse sensor para detectá-lo. A ideia é que o mecanismo seja adaptado e aprovado pela ANVISA assim que possível para que seja disponibilizado para uso médico e da população em clínicas.
Vale lembrar que diversos testes já estão sendo desenvolvidos em todo o mundo e as vacinas devem ficar prontas até o final de 2020. Hoje tivemos acesso aos valores pelos quais elas devem ser vendidas, incluindo a desenvolvida pela Moderna nos EUA.
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