Segurança 09 Set
Seguindo o exemplo de outras chinesas, a SMIC também deixou de fornecer processadores e outros componentes para a Huawei. A intenção da fabricante era se livrar de uma possível pressão de Washington por "furar" as sanções comerciais aplicadas pelo governo Trump.
Contudo, a Bloomberg revelou nesta semana que a Casa Branca editou novas sanções que miram justamente a SMIC. De acordo com fontes que possuem acesso ao Departamento de Comércio dos EUA, a intenção do governo Trump é atingir em cheio a indústria de semicondutores da China.
Apesar do documento ainda não ter sido publicado, o Departamento de Comércio cita como justificativa para a sanção um suposto "risco inaceitável" que a SMIC representa aos Estados Unidos. Isso porque o governo Trump acredita que os chips da chinesa podem ser usados em mísseis e outros equipamentos militares que abastecem o exército popular da China.
Seguindo o exemplo da Huawei, a SMIC agora precisa de uma autorização especial dos EUA para conseguir negociar ou utilizar tecnologias desenvolvidas em solo estadunidense. Isso deixa a empresa em uma situação extremamente frágil, uma vez que ela perde o acesso a matérias-primas.
O tom do discurso do presidente Trump na ONU deixou bem claro ao mundo que o governo dos Estados Unidos deve continuar pressionando a China. Além do aspecto eleitoral, a Casa Branca quer frear o programa de desenvolvimento da indústria de semicondutores anunciado pelo governo Xi Jinping.
Comentando o assunto, a SMIC emitiu uma nota onde alega que não foi notificada da nova sanção. Além disso, a fabricante acrescentou que não tem relações com as Forças Armadas da China, uma vez que a sua produção de chips é voltada ao uso comercial.
Fontes que trabalham no governo dos EUA acreditam que em breve o país deve acrescentar a indústria de semicondutores inteira na sua lista de entidades, algo que pode trazer grandes transtornos para todas as fabricantes.
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