Uma má escolha envolvendo o software de produtividade Excel gerou um enorme mal-estar e desinformação no Reino Unido.

A equipe da agência pública de saúde no país responsável por tabelar dados envolvendo a Covid-19 escolheu o formato XLS, e não o XLSX na hora de converter alguns dados relacionados a números de infectados no país. Isso foi suficiente para que por um longo tempo as autoridades nem desconfiassem que os dados da doença careciam dos resultados de 16 mil testes.

O que aconteceu: o processo automático de conversão de informações inicialmente registradas em formato CSV para uma planilha mais organizada no Excel levou em consideração o formato XLS, que limita o rol de linhas para tabelamento em 65 mil. Acontece que havia muito mais informação, que graças a essa limitação do formato, foi desconsiderada.

Com isso, 15.841 testes não foram considerados nos dados entre os dias 25 de setembro e 2 de outubro. E o pior: como cada resultado ocupa um número considerável de linhas, apenas 1.400 testes chegaram a ser efetivamente tabulados no arquivo essencial para o controle e contenção da doença.

Sabe o que poderia ter resolvido esse problema? A simples adoção do formato mais moderno XLSX. Ele permite que até um milhão de linhas sejam tabeladas no Excel.

Após a identificação do problema a falha foi corrigida para que os números reflitam a realidade da doença no país.

Vale lembrar, a cada semana mais e mais notícias otimistas envolvendo os testes das vacinas indicam que a pandemia em breve poderá se tornar apenas um capítulo na história. São Paulo, inclusive, quer começar a vacinar médicos em dezembro.

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