Tech 30 Nov
Anteriormente já havíamos noticiado que a ZTE e a Huawei estavam sob a mira da FCC nos EUA, que estaria utilizando a organização para tentar banir ambas do país. Agora a Comissão Federal de Comunicações dos EUA deu seu veredito: a ZTE é uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. Entenda agora porque essa afirmação foi feita e quais as consequências.
A afirmação foi reportada hoje pela Bloomberg. Segundo a agência de notícias, a ZTE passou a ser considerada um perigo à segurança dos EUA pois seus equipamentos podem ser utilizados para espionagem, o que claramente é um crime.
A declaração da FCC foi emitida após a ZTE encaminhar um inquérito à comissão pedindo que ela não seja mais considerada uma possível ameaça aos Estados Unidos conforme havia sido dito em julho.
Entretanto o resultado não foi nada favorável, pois Ajit Pai, que preside a FCC, até mesmo emitiu um comunicado onde diz que a decisão de considerar os equipamentos da empresa um perigo para o país é "mais um passo em nossos esforços contínuos para proteger as redes de comunicação dos EUA de riscos de segurança."
Além disso, o presidente ainda disse em um tweet que a própria ZTE está ignorando o fato de que o governo Chinês a obriga a deixar uma chamada "backdoor" para acesso aos dados que ela possui para o que ele chama de "atividades de coleta de informações", o que pode incluir dados sigilosos captados pelas estruturas da chinesa no país, representando um grande perigo à privacidade.
O destino da ZTE nos EUA será decidido em 10 de dezembro, quando a FCC vai se reunir para decidir quais equipamentos da chinesa serão banidos dos Estados Unidos, bem como também se ela sofrerá o mesmo duro golpe que a Huawei está enfrentando atualmente, onde ela também foi impedida de realizar negócios com empresas americanas sem consentimento do governo.
A ZTE afirma que seus equipamentos de 5G não representam um perigo e que todos tem proteções para garantir a privacidade de dados transmitidos por, para e deles. Entretanto tudo indica que os interesses americanos devem ir muito além disso, assim como ocorreu com a Huawei, onde até hoje o governo não apresentou provas de espionagem do governo chinês.
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