Segurança 24 Nov
A vacina de Oxford apresentou ótimos resultados em um teste preliminar divulgado nesta semana. Entretanto pode ser que a AstraZeneca precise refazer alguns dos testes globais pois a dosagem administrada foi a incorreta.
O anúncio foi feito hoje pelo CEO da AstraZeneca à Bloomberg. Segundo ele, o último teste prelimitar teve uma dosagem incorreta. Nele, voluntários receberam duas doses da vacina e aqueles que receberam metade do imunizante na primeira aplicação apresentaram uma eficácia maior de 90%.
A dosagem na realidade deveria ter sido de uma dose completa em ambas as aplicações, por isso novos testes devem ser conduzidos nos próximos dias para determinar qual a real eficácia dessa dosagem reduzida da vacina de Oxford desenvolvida em conjunto com o laboratório.
As consequências dessa mudança podem se limitar principalmente ao tempo que a vacina pode levar para ser aprovada em alguns países, visto que mais testes demandam mais tempo, mas também evidenciam a preocupação com a segurança e otimização do uso do imunizante antes que ele seja disponibilizado para a população em geral.
Vale dizer que essa mudança inesperada não quer dizer de forma alguma que a vacina da AstraZeneca é ineficaz. Testes de fases posteriores já mostraram que ela tem grande potencial, tanto é que o CEO do laboratório afirma que a distribuição dela não deve ser afetada pelos novos testes, com a vacina sendo disponibilizada assim que os estudos sejam finalizados e os dados de segurança disponibilizados.
Outro fator que torna a vacina de Oxford ser tão promissora é a sua facilidade de armazenamento: enquanto a maior parte das vacinas desenvolvidas precisam permanecer congeladas em -70ºC, a da AstraZeneca pode permanecer em refrigeração convencional, facilitando muito o transporte dela para cidades distantes de grandes centros urbanos, uma realidade altamente presente no Brasil.
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