Atualização (09/08/2021) - FM

Após cumprir parte de sua pena de 2 anos e 6 meses, o herdeiro bilionário da Samsung entrará em liberdade condicional e sairá da prisão na próxima sexta-feira (13). A decisão foi dada pelo Ministério da Justiça da Coreia do Sul, conforme informado nesta segunda-feira (09) pelo Financial Times.

Lee Jae-yong, 53 anos, vice-presidente da gigante sul-coreana, fora condenado a trinta meses de reclusão após oferecer subornos ao ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, buscando a fusão da empresa Cheil Industries com a Samsung C&T, manobra que contribuiria para seu controle total da empresa e sucessão de seu falecido pai, Lee Kun-hee.

O ministro sul-coreano, Park Beom-kye, afirmou nesta manhã que as atitudes do réu durante seu encarceramento, juntamente ao “sentimento público” e o impacto econômico causado pela pandemia de coronavírus são alguns dos fatores considerados para conceder a liberdade condicional do herdeiro.

A opinião pública citada pelo chefe inclui pesquisas elaboradas que mostram que os sul-coreanos favorecem a libertação de Lee, além de outros líderes de empresas destacáveis da economia e membros do governo, segundo o Associated Press.

Por ora, o presidente do país não se manifestou sobre a decisão, mas o escritório afirma que esse aval caberia ao Ministério da Justiça da Coreia do Sul.

Ainda, não se sabe como o executivo poderá retomar seu trabalho na administração da Samsung quando for libertado, mesmo após a pressão dos Estados Unidos, que considera as operações da empresa fundamentais para sua economia.

A lei sul-coreana é clara ao proibir que pessoas que cometem crimes econômicos exerçam suas funções durante um período de cinco anos; pessoas em liberdade condicional, em adição, são impedidas de viajarem ao exterior.

Cabe ressaltar também que Lee ainda pode enfrentar a prisão novamente, em um caso paralelo que envolve a fraude contábil de US$ 3,9 bilhões em uma das empresas subsidiárias da Samsung, mas o executivo negou tais acusações.

Atualização (20/05/21) - JB

EUA pressionam Coreia pelo perdão da pena e libertação do herdeiro da Samsung

Preso após participar de um escândalo de corrupção para conseguir o controle da Samsung, Lee Jae-yong decidiu cumprir a sua pena de 2,5 anos e não deve recorrer da decisão da justiça sul-coreana. A ação do herdeiro do conglomerado chamou a atenção de muita gente, inclusive dos Estados Unidos.

De acordo com informações mais recentes, a câmara de comércio dos EUA está fazendo pressão para que o presidente da Coreia do Sul conceda perdão e liberte Lee Jae-yong.

A Câmara de comércio dos EUA enviou uma carta ao presidente Moon Jae-In pedindo que ele considere perdoar o herdeiro da Samsung. Isso porque a Samsung é uma empresa muito importante para o desenvolvimento estadunidense e tem potencial para ajudar o presidente Joe Biden na sua missão de reduzir a dependência dos EUA de chips produzidos na China.

Apesar de não ter respondido publicamente, o presidente coreano disse que considera o perdão para Lee Jae-yong. Isso porque uma pesquisa recente demonstrou que a maioria da população coreana concorda com a medida.

Por enquanto, ainda é muito cedo para sabermos se Lee Jae-yong será libertado. De toda forma, a Samsung é a maior investidora na produção de chips nos EUA e atualmente a empresa está sem um líder.

Assim, muitos acreditam que a companhia pode acabar ficando de fora da iniciativa de Biden, que prevê o investimento de US$ 50 bilhões para revitalizar a indústria de semicondutores dos EUA.

Texto original (18/01/21)

Herdeiro da Samsung é condenado a 2,5 anos de prisão após escândalo de corrupção

O conhecido herdeiro da Samsung, Lee Jae-yong, foi condenado a 2,5 anos de prisão nesta segunda-feira (18). A batalha judicial teve início em 2020 e só terminou agora após o Tribunal de Apelações de Seul confirmar a sentença de primeira instância.

De acordo com o juiz do caso, Lee subornou um associado do ex-presidente da Samsung, Park Geun-hye, para permitir que as companhias Cheil Industries e Samsung C&T pudessem se fundir.

Como resultado da "manobra", Lee conseguiu o controle total da Samsung e sucedeu seu pai no comando da empresa. Durante a audiência, o tribunal ainda destacou que a sentença não leva em consideração processos internos da companhia:

É difícil dizer que o comitê de conformidade da Samsung atingiu sua eficácia, mas não é apropriado refletir sobre isso na sentença.

Lee já foi preso em 2018 e chegou a passar mais de um ano na prisão. Contudo, após recorrer aos juízes da Suprema Corte coreana, o executivo conseguiu liberdade, uma vez que o tribunal anulou a sentença anterior.

Agora, a Samsung promete recorrer mais uma vez ao Supremo em busca de uma nova anulação. Contudo, como a pena foi muito mais "branda" que o exigido pela promotoria, dificilmente Lee conseguirá uma vitória.

Os promotores chegaram a exigir nove anos de prisão, mas a pena foi reduzida para 2,5 anos. A promotoria acredita que a Samsung precisa ser um exemplo no combate à corrupção para permitir um "desenvolvimento sólido de nossa sociedade".

Vale lembrar que Lee pediu desculpas no ano passado e anunciou o fim da administração familiar na empresa. Assim, o executivo promete não repassar a Samsung para seus filhos.