Segurança 03 Dez
Após muitas idas e vindas, a chinesa Huawei não deve mais ser barrada no leilão da rede 5G no Brasil. De acordo com fontes do setor de telecomunicações e no Palácio do Planalto, o custo bilionário para a troca de equipamentos foi o principal motivo que fez o governo Bolsonaro recuar do alinhamento com os Estados Unidos.
Além disso, o fim da "era Trump" também colaborou para que o discurso ideológico contra a gigante chinesa fosse frustrado na prática. O Estadão cita como exemplo o caso da vacina Coronavac. Isso porque o posicionamento do Planalto mudou e atualmente o imunizante está sendo distribuído no programa nacional.
Após o presidente recuar e a Coronavac ser incluída no programa nacional de imunização, fontes no Palácio acreditam que não há mais espaço para outra "derrota". Isso porque banir a Huawei causaria uma guerra judicial com chances do governo federal perder no Supremo Tribunal Federal (STF).
Economia e mercado 02 Dez
Enquanto o governo tenta fazer uma mudança sutil no seu discurso, a conhecida "ala ideológica" ainda pressiona pelo banimento da Huawei. Inicialmente, esse grupo de assessores do presidente chegou a escrever um decreto para a exclusão da chinesa.
A Huawei continua sendo o principal alvo dos EUA. No entanto, a mudança de governo deve fazer com que o Brasil deixe de ter um alinhamento automático com a Casa Branca.
Leilão
Enquanto a discussão ideológica parece chegar ao fim, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve aprovar o edital até o fim de fevereiro. O texto não prevê o banimento da Huawei, sendo que a realização do certame deve acontecer no fim do primeiro semestre de 2021.
Comentando a realização do leilão, o vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que foi mal interpretado pelo próprio presidente quando falou sobre o 5G e causou uma reação do Planalto. Questionado diretamente se todas as empresas podem participar, ele respondeu:
Desde que comprove efetivamente que vai preservar nossa soberania e privacidade de dados dos usuários.
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