Rumores 21 Jan
Atualização (21/01/21) - JB
O governo do presidente Jair Bolsonaro deve adotar um discurso mais amigável em relação a participação da Huawei no leilão do 5G. De acordo com fontes no Palácio do Planalto, a nova postura será utilizada para acelerar a importação de insumos necessários para produção das vacinas no instituto Butantan e Fiocruz.
Nos dois casos, os IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) são produzidos na China e o processo de entrega tem enfrentado entraves, algo que tem potencial de atrasar o cronograma de produção de vacinas no Brasil.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil. No entanto, o país asiático tem sido atacado pela ala ideológica do governo em um alinhamento com o posicionamento do ex-presidente Trump.
Ao oferecer uma trégua e diminuir as barreiras para que a Huawei venda seus equipamentos 5G no Brasil, o governo espera que a China acelere o fornecimento de vacinas. Paralelo a isso, o ministro das comunicações, Fábio Faria, fará uma visita na sede da Huawei e ZTE na China.
Até o momento, não há qualquer evidência de que a Huawei fira as regras de segurança cibernética definidas pela legislação brasileira. Além disso, as principais operadoras do país pedem que o governo permita que a chinesa continue atuando em solo nacional.
Atualmente, os equipamentos da Huawei estão presentes em 45% das redes brasileiras. O banimento pode obrigar as operadoras a trocar todos os dispositivos do 4G. Outro argumento usado em defesa da chinesa é que ela fornece equipamentos para Receita Federal, Caixa Econômica e Banco do Brasil sem que haja qualquer indício de vazamento de dados.
Vale lembrar que o conselho da Anatel deve votar as regras do edital do 5G até o fim de fevereiro. A agência reguladora promete seguir o exemplo da Anvisa e adotar um posicionamento técnico.
Texto original (20/01/21)
A vacina é o mais eficaz de se combater o coronavírus e se tornou um ativo essencial para os países reerguerem as suas economias após a crise causada pela pandemia. O Brasil infelizmente é um dependente de outras nações quando esse é o assunto, afinal, os imunizantes mais avançados foram desenvolvidos pela Rússia, China e Reino Unido, além da Índia.
Esses países tem uma grande oportunidade em mãos para realizar trocas com o Brasil e uma delas pode ser a implantação do 5G chinês em nosso território ao fornecer insumos para a produção da CoronaVac, que já foi aprovada para uso emergencial.
De acordo com a Veja, a China é o país que mais deve ganhar com esse acordo, caso ele seja realmente fechado com o Brasil, visto que o país é capaz de produzir vacinas suficientes para imunizar toda a população brasileira.
Outro ponto importante é que o 5G é essencial para o desenvolvimento tecnológico de qualquer país atualmente e no futuro, visto que a conexão é capaz de facilitar o controle remoto de equipamentos em empresas e também se mostrou de grande valor ao conectar pacientes e médicos durante a pandemia, dessa forma, ambos países teriam muito a ganhar.
Por outro lado, vale lembrar que o governo dos EUA já levantou diversas suspeitas a respeito da segurança e da privacidade ao utilizar equipamentos chineses acusando diversas empresas como Huawei e Xiaomi de conspirar com o governo chinês fornecendo informações sigilosas ao exército de Xi Jinping, mas até o momento nada foi provado oficialmente.
É ainda mencionado que diversos países já estão negociando com a China sobre essa possível troca, o que certamente deve beneficiar o governo de Xi Jinping, valorizando ainda mais as suas empresas como a Huawei, que é a atual líder mundial em tecnologia 5G.
Até o momento, somente foi sinalizado que o governo brasileiro não deve banir a Huawei do leilão do 5G, o que já é um sinal a respeito dessas negociações, que devem ocorrer em sigilo por enquanto. Independente do resultado, é praticamente certo que a China deve conquistar cada vez mais espaço nessa corrida pela conexão de nova geração.
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