Tech 20 Jan
Uma nova variante do coronavírus descoberta no Reino Unido em dezembro de 2020 pode ser muito mais perigosa do que se imaginava. É o que afirmou Patrick Vallance, conselheiro científico do governo do Governo do Reino Unido em uma conferência com Boris Johnson. Segundo ele, suspeita-se que essa variante possa ser 30% mais letal que as demais já conhecidas.
A mutação nomeada como B117 está preocupando o Reino Unido pois, de acordo com o pronunciamento, pessoas com 60 anos ou mais são ainda mais vulneráveis.
Estatísticas do Grupo Consultivo de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes do Reino Unido (Nervtag) apontam que a letalidade das mutações anteriores era de 10 a cada 1000 infectados na casa dos 60 anos e agora com o diagnóstico de B117 ela subiu para 13 a 14 mortes, representando um salto de 30 a 40% nos óbitos.
Vallence alerta que este ainda é um estudo preliminar, nas suas palavras:
Ainda há muita incerteza, há muito trabalho que precisa acontecer, e eu recomendo evitar apenas escolher o número mais alto e presumir que ele está correto. Eu não acredito nem um pouco que seja o caso.
Dessa forma, o ideal é aguardar por mais estudos futuros, mas se tivéssemos que adotar um número para essa estatística, seria de 30%, além do fator de contágio, que é entre 30% e 70% maior na B117 independente da idade do indivíduo.
Podemos ainda concluir que é preciso cuidado, afinal se essa nova variante é mais contagiosa, ela pode lotar leitos de hospitais ainda mais rapidamente, causando mais cenários como os vistos em Manaus nos últimos dias, onde diversas pessoas morreram por falta de estrutura e leitos para tratamento da COVID-19.
A única esperança comprovada até o momento seriam as vacinas, onde a desenvolvida pela Pfizer em conjunto com a BioNTech já se mostrou eficaz em combater a variante B117 do coronavírus em testes preliminares.
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