Pouco mais de um mês após aprovar o uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford, a Anvisa concedeu registro definitivo para uso da vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech contra o coronavírus no Brasil.

A vacina da Pfizer foi uma das testadas no país, a sua eficácia no combate ao coronavírus chegou a 95% na terceira fase de testes e a empresa já afirmou que ela também é eficaz contra as novas variantes da COVID-19.

A Anvisa divulgou a aprovação do imunizante por meio de uma nota, confira um trecho dela:

Como Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, informo com grande satisfação que, após um período de análise de dezessete dias, a Gerência Geral de Medicamentos, da Segunda Diretoria, concedeu o primeiro registro de vacina contra a Covid 19, para uso amplo, nas Américas.

O imunizante do Laboratório Pfizer/Biontech teve sua segurança, qualidade e eficácia, aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da Anvisa que prossegue no seu trabalho de proteger a saúde do cidadão brasileiro.

Apesar disso, vale lembrar que a vacina ainda não está disponível no Brasil, apesar da Pfizer afirmar ter oferecido 70 milhões de doses do imunizante ao governo brasileiro em agosto de 2020, que recusou a oferta afirmando que elas causariam "frustração" na população.

O governo ainda afirmou anteriormente que não adquiriu doses da vacina da Pfizer por conta dos termos impostos pela fabricante, que exigia isenção total de responsabilidade sobre efeitos colaterais graves que o imunizante causasse nos pacientes. As mesmas condições também foram exigidas pela Johnson, que também fabrica vacinas contra o coronavírus.

Em 21 de fevereiro, o Ministério da Saúde afirmou que aguarda uma orientação para solucionar o impasse dessas negociações, a instrução sobre como proceder virá do Palácio do Planalto que, até o momento, não expediu nenhuma instrução a respeito.

Segundo o G1, o Ministério da Saúde já foi questionado a respeito da compra de doses da vacina da Pfizer, mas ainda não obteve resposta.

Vale dizer que a vacina da Pfizer é a primeira a obter registro definitivo no Brasil, o que autoriza a sua importação. Entretanto, ela não poderá ser fabricada em território nacional, visto que os termos de compra da Pfizer não incluem transferência de tecnologia para produção local.