Rumores 06 Mar
Apesar de estar em uma situação um pouco mais confortável que a Huawei, a Xiaomi também foi colocada na temida "lista negra" de comércio dos Estados Unidos. O fato aconteceu em janeiro deste ano e foi um dos últimos atos do ex-presidente Donald Trump.
Como a justificativa do governo dos EUA era um tanto vaga, a Xiaomi resolveu recorrer da penalidade e o caso continua em análise. Nesta semana, documentos vazados do Departamento de Comércio finalmente relevaram o motivo da penalidade contra a fabricante chinesa.
Por incrível que pareça, a Xiaomi recebeu essa sanção porque o seu fundador, Lei Jun, recebeu o prêmio de "grande colaborador do socialismo com características chinesas". O título é concedido a cada cinco anos pelo Ministério da Tecnologia da China.
Por mais que possa parecer algo simples, o Departamento de Defesa dos EUA acredita que o Ministério da Tecnologia da China é o grande responsável pela fusão civil-militar entre empresas chinesas e o exército do país.
A última premiação, em 2019, foi concedida a Jun e mais 100 pessoas. Outros CEOs notáveis que também figuraram na lista incluem: Ding Lei, da empresa de videogame e internet NetEase Inc, Wang Gaofei, CEO da Weibo Corp e Wang Chuanfu, chefe da fabricante de automóveis BYD Co.
Em sua defesa, a Xiaomi alega que não foi notificada da decisão do Departamento de Comércio e que o órgão não lhe deu o direito de defesa. Além disso, a companhia afirma que não é afiliada ao partido comunista chinês e tampouco colabora com as forças armadas do país.
Outro motivo que pode ter colocado a Xiaomi no radar dos EUA, é um plano da empresa que prevê investir US$ 7,7 bilhões em 5G e Inteligência Artificial (IA). Isso acendeu o alerta máximo no departamento de defesa dos EUA, uma vez que 5G, IA e IoT são os principais componentes da fusão civil-militar promovida por Pequim.
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