Segurança 23 Abr
Atualização (27/04/2021) - BB
A Tesla rebateu algumas informações divulgadas pela polícia do Texas, nos Estados Unidos, em relação a um acidente que supostamente teria sido causado por conta de uma falha no sistema Autopilot da montadora estadunidense.
Para relembrar, no dia 17 de abril, por volta das 21h no horário local, um veículo Tesla Model S de 2019 trafegava em alta velocidade em uma estrada no Texas quando perdeu o controle e colidiu com uma árvore. O forte impacto deu início a um incêndio nas baterias que demorou cerca de quatro horas para ser apagado. No acidente, dois homens, de 59 e 69 anos foram mortos.
Na ocasião, a polícia local informou que as investigações preliminares indicavam que não havia nenhum motorista no assento do motorista na hora do impacto e que o Model S era guiado apenas pelo sistema de piloto automático da Tesla.
Agora, após algumas análises conduzidas pela Tesla em conjunto com a Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário (NHTSA) e o Conselho Nacional de Segurança de Transporte (NTSB), essa declaração foi contestada. Lars Moravy, vice-presidente de engenharia de veículos da montadora rebateu que o volante do automóvel estava deformado de tal forma que indicava que havia alguém no banco do motorista no momento do impacto.
Além disso, Moravy explica que “todos os cintos de segurança estavam desafivelados após o impacto” e que o Autopilot só pode ser operado quando eles estão afivelados — análise que indica que o sistema de piloto automático da marca não estava ativo na hora do acidente.
Vale lembrar que, logo após o acidente, o CEO da empresa, Elon Musk, já havia se pronunciado sobre o assunto e declarou, na ocasião, que as investigações feitas até aquele momento indicavam que o Autopilot não estava ativado e que o proprietário do veículo sequer tinha comprado o recurso “Full Self-Driving”, que permite que o piloto automático da empresa seja utilizado em estradas locais.
Texto original (18/04/2021)
Um incêndio causado pela colisão de um carro da Tesla levou à morte de duas pessoas na região de Spring, no Texas. No momento do acidente, de acordo com as autoridades locais e conforme reportado pela mídia de Houston, o veículo não tinha nenhum motorista no assento do condutor do veículo elétrico.
Segundo as informações divulgadas pelo periódico KHOU de Houston, tudo aconteceu por volta das 21h do horário local – 23h em Brasília – e, até o momento, as autoridades ainda investigam a causa do acidente.
De acordo com as informações preliminares, o veículo andava a uma alta velocidade quando apresentou dificuldades para fazer uma curva, saiu da rodovia e colidiu com uma árvore. No momento do impacto, uma das vítimas estava no banco traseiro, enquanto a outra estava no assento do carona, sem nenhum condutor atento à direção.
As autoridades informam que os primeiros profissionais a responderem ao chamado utilizaram mais de 113,5 mil litros de água e levaram cerca de quatro horas para apagar o incêndio. Eles relatam que, apesar dos esforços, a bateria do automóvel continuava ligada.
Enquanto os bombeiros lutavam para conter o incêndio, as autoridades tentaram contatar a Tesla para obter ajuda sobre como diminuir o fogo, mas a empresa não respondeu. Apesar disso, a montadora já oferece um manual de auxílio para casos do tipo, no qual relata que o melhor a se fazer em momentos como este é deixar o fogo apagar sozinho do que tentar extingui-lo. A empresa justifica que as baterias dos carros continuam a ser ativadas mesmo durante um incêndio e, com isso, continua a armazenar energia, diferente de um motor movido à combustão.
No momento, pelo menos 23 acidentes relacionados ao sistema Autopilot da Tesla estão em investigação pela National Highway Traffic Safety Administration. No entanto, esse parece ter sido o primeiro com vítimas fatais em que não havia nenhum motorista na direção.
O modelo do carro envolvido no acidente não foi divulgado pela imprensa de Houston.
Apesar de oferecer uma solução de direção quase autônoma, a Tesla orienta que seus motoristas sempre fiquem atentos à direção, mesmo com o piloto automático ligado. No entanto, o único mecanismo disponível para confirmar que há alguém no volante é um sensor que mede o torque no volante – algo que dá espaço para possíveis usos indevidos.
Os engenheiros da empresa já orientaram quanto à necessidade de utilizar um método mais eficaz, como uma câmera com um sensor de olhos, mas a sugestão foi ignorada pelo CEO da empresa, Elon Musk. Como justificativa, o empresário destacou que essas alternativas são ineficazes.
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