Tech 23 Jun
Há poucos dias a Apple passou a ser investigada judicialmente por um órgão antitruste alemão, dadas acusações sobre comportamento anticompetitivo na App Store. Ao que tudo indica, a gigante de Cupertino está em maus lençóis por conta desse mesmo assunto até em sua terra natal, os Estados Unidos — isso porque há novas propostas antitruste circulando nos EUA.
O problema é tão sério que o CEO da empresa, Tim Cook, ligou pessoalmente para a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, e outros membros do Congresso solicitando um prazo maior na consideração de novas propostas de legislação antitruste.
Além disso, o diretor sênior de assuntos governamentais da Apple, Timothy Powderly, assinou uma carta endereçada aos presidentes do Comitê Judiciário da Câmara dos EUA e representantes da casa em que afirma que as propostas “prejudicariam a capacidade dos consumidores de escolher produtos que oferecem privacidade e segurança de última geração.”
O documento vai além e alega que a nova legislação tornaria “mais fácil para criminosos colocarem usuários de iPhones em risco”, algo que poderia ocorrer já que os ataques cibernéticos estão “em alta”.
Se aprovadas, essas legislações podem impactar a capacidade de empresas como Google, Amazon, Facebook e Apple de possuir e operar suas próprias plataformas — no caso da marca da maçã, a administração da App Store pode ser interferida.
Supostamente em conversa com Pelosi, Tim Cook reiterou o posicionamento da Apple em relação às propostas e considerou que os projetos de lei antitruste foram “apressados”.
A presidente da Câmara, no entanto, recusou o pedido de extensão de prazo e solicitou que Cook “identificasse objeções políticas específicas às medidas”. O Comitê Judiciário da Câmara deverá revisar os projetos em uma audiência hoje.
Será que a nova legislação será aprovada? Se sim, qual será o verdadeiro impacto no setor da tecnologia?
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