No começo de novembro de 2020, policiais de São Paulo fizeram uma operação contra quadrilhas de invasores de contas bancárias, depois de um furto de celulares. As autoridades de segurança, ao prenderem os criminosos, ouviram de um deles que conseguiam desbloquear todos os modelos de iPhone, do 5 ao 11.

Até então, a Apple ainda não havia lançado a família iPhone 12 no país. No entanto, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), ao prender os bandidos, confirmou que a fala deles realmente estava correta: eles tinham a capacidade de tirar os bloqueios dos celulares da “Maçã”.

Técnica simples

De acordo com o delegado Fabiano Barbeiro, o método descoberto com base na ação dos criminosos não tinha nenhum grande segredo para alcançar o objetivo. A técnica seria mais simples do que os técnicos imaginavam, como informa a Folha.

“Em resumo, ele não tem nenhum grande esquema de desbloqueio do iPhone.”

Fabiano Barbeiro

Delegado encarregado pela prisão da quadrilha

O desbloqueio era realizado ao retirar o chip do celular furtado e o colocar em um outro dispositivo desbloqueado, para pesquisar a conta vinculada àquele número em redes sociais. Em seguida, procurava o e-mail usado pela vítima no backup do conteúdo do iPhone em nuvem.

Após baixar as informações salvas no novo aparelho, buscava o conteúdo associado à palavra “senha”. Com isso, obtinha o acesso ao celular e às contas bancárias. Por último voltava o chip ao smartphone da vítima e repassava o celular ao restante da quadrilha para conseguir transferir tudo o que fosse possível a laranjas.

Outra ferramenta

Até então, uma das ferramentas conhecidas com capacidade para era o Cellebrite Premium, já explicado pelo TudoCelular em uma coluna Detetive TC. Ele é utilizado por alguns poucos órgãos de segurança no país e considerado um sistema avançado.

O espanto na técnica usada pelos criminosos está no fato de a Apple sempre fazer propaganda da eficiência da segurança e privacidade dos seus aparelhos, além da necessidade de soluções mais raras por autoridades quando precisam acessar os dispositivos da marca.

E aí, qual é a sua avaliação sobre as descobertas da operação conduzida pela polícia de São Paulo? Comente conosco!