Segurança 28 Mar
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na sexta-feira (16), quatro homens suspeitos de integrarem uma organização criminosa especializada no desbloqueio iPhones e outros aparelhos celulares para a realização de invasões a contas bancárias.
Ao todo, 17 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Entre os alvos estava um homem de 30 anos, natural de Guiné-Bissau, considerado o chefe da quadrilha, mas ele conseguiu fugir. O suspeito mantinha quatro apartamentos no mesmo prédio, no centro da cidade, além de um sistema de monitoramento por câmeras para vigiar a rua.
Os policiais acreditam que foi graças a esse sistema de monitoramento que ele conseguiu evitar ser preso. Esse endereço apontado como o do chefe da quadrilha era considerado uma espécie de triângulo das Bermudas do rastreamento de aparelhos furtados.
Segundo as investigações, essa é uma das mais sofisticadas e famosas quadrilhas que atuam na região central de São Paulo e que são capazes de burlar sistemas de segurança de smartphones, como reconhecimento facial, biometria e senhas alfanuméricas, por meio de softwares especiais.
Uma série de smartphones e equipamentos eletrônicos com os quais os criminosos conseguiam desbloquear os aparelhos e fazer a garimpagem de informações bancárias das vítimas foram apreendidos pela polícia.
As prisões fazem parte da Operação Meucci, nome que faz referência ao italiano Antonio Santi Giuseppe Meucci (1808-1889), criador do Teletrofone, ou “telégrafo falante”, aparelho considerado o precursor do atual telefone. Essa é a terceira fase da operação desencadeada pela Polícia Civil de SP.
De acordo com o delegado que comandou as investigações, após conseguirem desbloquear o aparelho por meio de um software pirata, comprado pela deep web, eles passam a fazer a garimpagem do conteúdo do aparelho, por meio de um segundo software específico para essa extração de dados.
“A partir do momento em que eles desbloqueiam, eles avaliam a relevância do que tem no celular. Se percebem que a pessoa tem recursos, tem informações importantes, inclusive bancárias, eles usam outro software para tirar todas essas informações e passam a aplicar golpes, principalmente por meio do Pix", relatou o delegado titular da 1ª Delegacia Seccional, Roberto Monteiro.
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