Tech 31 Jul
Em maio de 2021 a Anvisa aprovou o uso de anticorpos monoclonais no tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus, e agora esta técnica passou por estudos que indicaram a sua eficácia em prevenir a infecção pelo Sars-CoV-2 e evitar maiores complicações em todo o organismo.
O estudo publicado na New England Journal of Medicine avaliou a eficácia de anticorpos monoclonais casirivimabe e imdevimabe, chamados de REGEN-COV, em evitar ou reduzir riscos de infecções pela Covid-19. A ideia é utilizar o medicamento para proteger profissionais que têm exposição contínua ao vírus, tais como enfermeiros e médicos, por exemplo.
Coordenada por vários cientistas dos Estados Unidos, a pesquisa envolveu 1505 voluntários com mais de 12 anos com parentes na mesma casa que receberam diagnóstico positivo para o coronavírus.
Estes voluntários foram divididos em dois grupos, um deles recebeu uma dose de 1200 mg de REGEN-COV em até 96 após o diagnóstico positivo em um parente e o outro recebeu apenas um placebo.
Dentre os pacientes que receberam o placebo, somente 7,8% deles desenvolveram a infecção, enquanto a porcentagem entre os que receberam os anticorpos foi de 1,5%. No período entre 2 e 4 semanas, estes valores se reduziram para 0,3% no grupo REGEN-COV e 3,6% no placebo.
Analisando outro aspecto, foi possível notar que os anticorpos monoclonais também reduziram o tempo de permanência dos sintomas nos infectados. O grupo do placebo manteve sintomas por 3,2 semanas, enquanto aqueles que receberam o REGEN-COV se recuperaram em 1,2 semanas, com uma notável redução de carga viral.
Por fim, vale dizer que não foram notados efeitos colaterais negativos ou tóxicos que podem limitar a dose do REGEN-COV nos voluntários, então os resultados são considerados altamente positivos, mostrando que os anticorpos monoclonais podem ser ótimos aliados no tratamento e prevenção do coronavírus.
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