Tech 03 Ago
Você provavelmente já deve estar cansado de ouvir sobre aquecimento global, mas por mais que essa pauta tenha sido amplamente difundida nas últimas décadas, muitos ainda se recusam a acreditar que seus efeitos são reais e que podem gerar problemas sérios para as próximas gerações, contudo, parece que nossa geração já está sofrendo com os impactos dessas mudanças climáticas abruptas, causadas pelos efeitos da ação dos humanos na Terra
Segundo uma recente pesquisa que estuda a relação entre as mudanças climáticas e o número de mortes: os dados analisados por cientistas - incluindo recentemente os da Universidade de Washington - existe uma correlação direta entre o aumento de fenômenos extremos e óbitos. Só em 2019, mais de um milhão de mortes foram estimadas por conta de temperaturas anormais, tanto de calor quanto de frio.
Pesquisadores americanos correlacionaram 17 causas de morte que podem estar ligadas (também) à condições climáticas extremas (incluindo ataques cardíacos, doenças pulmonares, diabetes) ao número de mortes registradas em 8 países. Os dados foram então processados e relatados em escala global.
- Entre 1980 e 2016, o número de mortes por conta de ondas de calor aumentou 76% em todo o mundo
- Entre 1990 e 2016, o número causado pelo frio extremo aumentou 31%
- Em 2019, cerca de 1,7 milhão de mortes devido a condições climáticas extremas
- 1,3 milhão para o frio
- cerca de 400.000 para o calor
ATENÇÃO: os próprios pesquisadores reforçam que muitos fatores estão em jogo para influenciar os resultados, portanto, estamos falando de estimativas com margem de erro. Porém, acredita-se que os resultados levem a números "conservadores", sendo menores do que a possível realidade.
Nos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças estimam que ocorrem cerca de 600 mortes por ano devido ao calor extremo. Os números foram bem superiores em 2021: só em junho, foram registrados (oficialmente) 500 mortes na região Nordeste do país. Uma onda de calor sem precedentes foi registrada bem na costa do Pacífico: até 50 graus, mesmo no Canadá.
Nossa análise descobriu que os efeitos perigosos do calor extremo podem exceder e muito aqueles causados pelo frio em áreas que já são quentes por si só, como o sul da Ásia, o Oriente Médio e muitas áreas da África. Isso é particularmente preocupante, especialmente considerando que o risco de exposição a altas temperaturas parece ter aumentado constantemente por décadas - Katrin Burkhart, Instituto de Avaliação e Métricas de Saúde da Universidade de Washington
Vale lembrar que o Brasil também já está em risco de sofrer com os riscos de ondas de calor extrema, o que nos deixa ainda mais preocupados.
Você acha que a humanidade conseguirá reverter os efeitos do aquecimento global?
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