Tech 21 Ago
Muito embora a vacinação venha avançando de forma consistente no Brasil — já são mais de 50 milhões de pessoas totalmente imunizadas no país — e 31% dos municípios brasileiros não tenham registrado óbitos por Covid-19 em julho, a pandemia de coronavírus tem dado sinais de que está longe de um fim.
Com o surgimento de variantes perigosas provocando novas restrições na Europa e nos Estados Unidos, como é o caso da Delta, considerada tão infecciosa quanto a catapora, cidades brasileiras pensam em alternativas para lidar com o “novo normal”.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou que a população vai precisar de um “passaporte da vacina” para entrar em eventos, shoppings, restaurantes e outros estabelecimentos. O documento será emitido por um aplicativo:
O conceito principal é que os estabelecimentos só vão poder aceitar pessoas que estejam com vacina [contra a Covid-19]. Esse é o passaporte. Se o estabelecimento estiver com pessoas sem vacina e isso for observado pela Vigilância Sanitária, ele sofrerá multa. Então vamos oferecer um mecanismo para que esses locais identifiquem quem tem vacina. Vamos fornecer o sistema para que ele baixe na plataforma e-Saúde e faça a leitura do QR Code.
A cidade de São Paulo iniciou a vacinação contra a Covid-19 de adolescentes de 12 a 15 anos com comorbidades, deficiência permanente (física, sensorial ou intelectual), gestantes e puérperas. Inicialmente, os adolescentes receberão apenas imunizantes da Pfizer, a única vacina autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a ser aplicada nesta faixa etária.
Mesmo com a quarentena contra o coronavírus encerrada no estado de São Paulo pelo governador João Doria (PSDB), a maioria da população ainda não está imunizada com as duas doses da vacina contra a Covid-19 e há indicadores que a pandemia ainda está fora de controle. Além disso, existe a preocupação com o avanço da variante delta do coronavírus no país.
Bares, restaurantes, academias e cinemas não têm mais restrição de horário ou quantidade de público para operar. As exceções são os shows, que estão permitidos, desde que com público sentado, e eventos esportivos com público, que continuam proibidos. A utilização de máscara segue obrigatória.
Para entrarem em estabelecimentos do tipo, os cidadãos deverão baixar o aplicativo, que deve ser lançado até sexta-feira (27), efetuar o cadastro e emitir um QR Code. A leitura do código vai permitir que os estabelecimentos saibam se a pessoa está com alguma dose atrasada, caso em que deverá ser barrada.
Nunes disse ainda que o aplicativo também será útil para que as pessoas consultem seus próprios calendários de vacinação e se informem sobre a data para a segunda dose.
É um serviço importante porque às vezes a pessoa recebe a carteirinha de vacinação e esquece. Muitos não tomaram a segunda dose — hoje são 211 mil na cidade de São Paulo por conta do esquecimento. Então pelo aplicativo no celular ela vai fazer a leitura e identificar a data da vacinação. Mas o objetivo principal é mesmo o passaporte para adentrar os locais autorizados pela Vigilância Sanitária, como eventos.
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