Tech 05 Jul
Uma rede global de pesquisa pretende encontrar a cura definitiva para a infecção HIV, o vírus que provoca a Aids, por meio de engenharia genética. Nela, o Brasil será representado pela Faculdade de Medicina e pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
A ideia é que essa nova abordagem de combate ao vírus busque o bloqueio completo do HIV dentro das células e sua posterior eliminação.
O professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, Esper Kallás, que coordenará o grupo brasileiro, declarou à Agência Brasil:
“As últimas décadas representaram avanços muito importantes no tratamento e controle do HIV e AIDS. Mas o paciente segue precisando se tratar continuamente e o risco de agravamento em caso de interrupção permanece. Esta nova abordagem significará um passo fundamental. Poderá ser, finalmente, a cura do HIV”
Hoje, o HIV é combatido com medicamentos retrovirais, que precisam ser tomados por toda a vida do pacientes. No entanto, essas drogas eliminam o vírus que está circulante no sangue, mas atua com menor intensidade nas células infectadas.
A nova abordagem da pesquisa busca maneiras de bloquear e trancar o HIV dentro das células, deixando-o inativo, o que deverá ser feito com drogas que agirão no material genético do vírus. A proposta é descobrir como modificar o vírus dentro da célula a ponto de destruí-lo.
A rede, conhecida em inglês como HIV Obstruction by Programmed Epigenetics (HOPE) Collaboratory, é liderado pelo Gladstone Institute, Scripps Research Florida e pelo Weil Cornell Medicine, e receberá investimentos de U$ 26,5 milhões (cerca de R$ 140 milhões) para desenvolver a pesquisa.
Após as fases experimentais, ensaios clínicos deverão ser conduzidos no Hospital das Clínicas da FMUSP.
E que dê bons frutos para a humanidade! E você, o que achou dessa pesquisa?
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