Apple 08 Dez
O julgamento de Kyle Rittenhouse, um jovem acusado de matar dois manifestantes em um protesto antirracista nos Estados Unidos, passou por uma disputa insperada. Em particular, o advogado de defesa do jovem apontou que o zoom realizado em um iPad sobre um vídeo de vigilância pode manipular a imagem, conseguindo, nas palavras dele, “criar o que se pensa estar lá, mas não o que necessariamente está”.
Essa polêmica aconteceu quando Thomas Binger, o promotor que lidera a acusação, fez menção de usar o recurso ao exibir uma evidência. Mark Richards, um dos advogados de Rittenhouse, disse que a inteligência artificial da empresa tem esse poder de distorção, e que usa "logaritmos" para isso (a confusão com os algoritmos parece apontar seu conhecimento de tecnologia), como é possível ver no vídeo compartilhado pelo The Recount no Twitter:
Kyle Rittenhouse defense attorney Mark Richards objects to playing surveillance video of the first shooting because Apple "uses artificial intelligence to create what they believe is happening."
— The Recount (@therecount) November 10, 2021
Richards also admits he doesn't understand the technology "at all." pic.twitter.com/lIUfOMY3Xh
Talvez Richards ignore que esse tipo de gesto foi introduzido no iPhone original, em 2007. O fato é que esse apontamento rendeu uma extensa discussão entre os advogados e o juiz do caso.
O fato é que, ao final, o juiz ordenou um recesso para o julgamento, e Binger, da acusação, deveria atestar que as imagens estão em seus estado original, sem modificações. Nesse caso, deveria trazer um especialista para apontar que o gesto de pinça, afinal, não pode fazer o que a defesa apontou.
E você, como teria reagido em relação a um apontamento como esse? Deixe suas impressões sobre o caso!
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