Tech 24 Dez
Na quinta (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária divulgou uma nota técnica em resposta a um documento sem assinatura, citando o nome de 45 médicos anti-vacinação contra Covid-19 e questionou a vacinação infantil — que foi aprovada pela agência no dia 16, mas ainda está em discussão.
O documento de 22 páginas — que pode ser acessado na íntegra aqui — argumenta contra o texto"Questionamentos sobre vacinação de crianças brasileiras - 45 médicos", encaminhado por e-mail da médica Maria Emília Gadelha Serra, já conhecida no debate público por considerar os imunizantes como "produtos experimentais" e afirmar que há alumínio na composição da Coronavac — o que é diferente do hidróxido de alumínio, que está na composição da vacina, e usado em níveis seguros para potencializar a resposta imunológica.
Serra ainda já classificou o processo de vacinação em massa como irresponsável e antiético, colocando-se contra a obrigatoriedade do passaporte da vacina, e dizendo que vacinas deveriam ser usados para prevenir doenças e não como forma de tratamento, e que as pessoas deveriam ser alertadas que estão fazendo parte de um gigantesco experimento médico.
O texto detalha o cenário de aprovação e uso das vacinas contra Covid-19 no Brasil e no mundo, além de explicar o processo e dados avaliados para que a Comirnaty tivesse sua segurança aprovada para crianças de 5 a 11 anos.
"A cobertura vacinal de toda a população é fator crítico no processo de tomada de decisão quanto ao tema. Por outro lado, estudos de monitoramento quanto à manutenção da capacidade imunogênica das vacinas, incluindo reforços, devem ser incentivados, não somente quanto a sua pertinência, como também quanto a grupos prioritários (idosos, imunossuprimidos, comorbidades). As informações de monitoramento com 'dados da vida real' são essenciais para avaliação da efetividade das vacinas na proteção contra o vírus, bem como, sobre sua agressividade. A priori, entendemos que esses dados podem, e devem, orientar e subsidiar quaisquer políticas públicas de vacinação", diz uma das considerações finais.
A Agência ainda salientou o respeito às decisões dos pais da crianças, mas destaca que eles devem ser claramente informados dos benefícios da vacinação.
"A desinformação ameaça o sucesso dos programas de vacinação em todo o mundo, portanto ações coordenadas nacionalmente devem ser executadas para combater rapidamente a disseminação de notícias falsas sobre as vacinas. Não podemos assistir o desmonte na confiança em usar um produto que salva vidas."
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