Economia e mercado 21 Dez
Apesar do YouTube já ter afirmado que removeu 1 milhão de vídeos contendo fake news sobre o coronavírus, o portal está em destaque numa carta assinada por 80 grupos especializados em checar fatos como o principal meio de disseminação de notícias falsas no mundo.
Segundo o The Guardian, dentre as organizações estão o Full Fact no Reino Unido e o Fact Checker do Washington Post. As organizações afirmam que a maioria das fake news presentes no YouTube envolvem mentiras sobre a pandemia de coronavírus e fraudes em eleições presidenciais, o que é proibido pelas diretrizes do site.
As organizações de checagem de fatos dizem que muitos dos canais que publicam estes conteúdos sequer são punidos, na maioria das vezes somente alguns vídeos são removidos do portal, mas os canais não são banidos, mesmo após violar os termos diversas vezes.
O YouTube está permitindo que sua plataforma seja armada por atores inescrupulosos para manipular e explorar outros, e para organizar e arrecadar fundos. As medidas atuais estão se mostrando insuficientes.
A carta ainda cita 4 medidas que o YouTube pode tomar para evitar a disseminação de fake news na sua plataforma:
- Assumir o compromisso de financiar pesquisas independentes em campanhas de desinformação na plataforma;
- Fornecer links para refutar fake news dentro de vídeos com desinformação;
- Impedir que seus algoritmos promovam vídeos com notícias falsas;
- Fazer mais para combater fake news em vídeos em mais idiomas além do inglês.
Esperamos que você considere implementar essas ideias para o bem público e fazer do YouTube uma plataforma que realmente faça o seu melhor para evitar que a desinformação e a desinformação sejam armadas contra seus usuários e a sociedade em geral.
Em resposta, a porta-voz do YouTube, Elena Hernandez, afirma que a plataforma tem investido na remoção de conteúdo com desinformação, alcançando um progresso significativo.
Mantendo o consumo de informações incorretas recomendadas significativamente abaixo de 1% de todas as visualizações no YouTube e apenas cerca de 0,21% de todas as visualizações são de conteúdo violador que removemos posteriormente.
Vale dizer que as fake news representam um perigo cada vez maior a medida que nos aproximamos de eventos importantes como as eleições presidenciais no Brasil, crise financeira e de fornecimento de hardware em todo o mundo, a continuação da pandemia de coronavírus, convenções sobre a mudança climática, a primeira "Copa do Mundo de Inverno" e tantos outros acontecimentos que podem ser influenciados pela desinformação da população.
Dessa forma, o recomendado é sempre verificar fontes e analisar o máximo possível as informações, notícias e compará-las entre diferentes meios de comunicação e publicações para evitar a disseminação de fake news, afinal o estrago que pode ser causado por elas é enorme.
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