Tech 01 Fev
Em casos graves de Covid-19, a imunidade garantida pela terceira dose, ou dose de reforço, da vacina da Pfizer pode cair após quatro meses, apontou estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A análise, feita a partir de 241 mil atendimentos de emergência e mais de 93 mil hospitalizações em diversos estados americanos, foi divulgada na última sexta (11).
Os dados foram coletados entre 26 de agosto de 2021 e 22 de janeiro de 2022, isto é, pôde observar a predominância tanto da variante delta, como da ômicron do vírus.
A proteção contra hospitalizações e casos de emergência ainda é elevada, ainda que tenha sido observada uma diminuição na imunidade. Quando a variante delta, descoberta ainda em 2020, estava com maior incidência, a proteção para atendimentos de emergência caiu de 97% nos primeiros dois meses após a terceira dose para 89% após quatro meses. Já sob a ômicron, nesses mesmos períodos, a queda foi maior —de 87% para 66%.
Quanto às hospitalizações, sob a variante delta, a eficácia diminui de 96% em dois meses para 76% após quatro meses. Sob a ômicron, a queda foi similar, de 91% para 78%.
Sob o aspecto racial, a pesquisa também apontou que a população negra e latina tem metade da probabilidade de receber a terceira dose da vacina em relação à branca, aumentando a vulnerabilidade à Covid-19 grave. No casos analisados, 12% da população branca atendida já tinha recebido a dose de reforço, enquanto essas taxas diminuiam para 7% e 6% entre os pacientes latinos e negros, respectivamente.
“Nossas descobertas sugerem que doses adicionais podem ser necessárias para manter a proteção contra a Covid-19, especialmente para populações de alto risco”, afirmou Brian Dixon, pesquisador do Instituto Regenstrief e coautor do estudo, em comunicado para o portal EurekAlert.
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