Conforme noticiado em uma reportagem da coluna Detetive TudoCelular, em 2019 centenas de pessoas foram enganadas por uma fraude relacionado a uma falsa criptomoeda que prometia enorme valorização e lucros em pouquíssimo tempo, estratégia adotada pelos golpistas com o intuito de induzir a vítima a investir em um esquema de pirâmide financeira.

A expectativa de ganhos astronômicos e a promessa de enriquecer com moedas virtuais são alguns dos inúmeros atrativos usados pelos bandidos para chamar a atenção de possíveis investidores. A rápida popularização das criptomoedas tornou a presença desses golpes virtuais mais comum e acende um alerta para adoção de cuidados antes de investir.

Em uma cartilha divulgada recentemente pela Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, a instituição reúne uma série de recomendações aos cidadãos que pretendem adentrar no segmento das criptomoedas, categoria que de fato pode trazer bons resultados, mas que vem sendo explorada como armadilha pelos estelionatários.

De acordo com a PCMG, os golpes mais usados são os de phishing — página falsa criada para coletar dados pessoais como senhas e e-mail, por exemplo — aplicativos falsos, esquema de pirâmides e falsas empresas que se passam por corretoras financeiras de moedas digitais.

Segundo informações da Chainalysis, empresa analítica, em 2019 os golpistas conseguiram subtrair mais de 8 bilhões de dólares através de golpes relacionados com criptomoedas. Esse índice regrediu para cerca de US$ 2,3 bi no ano seguinte, mas em 2021 voltou a crescer e ultrapassou a casa dos US$ 7 bi em todo o mundo.

Para não ser mais uma das vítimas dos cibercriminosos é importante utilizar frequentemente algumas dicas de segurança que podem ajudá-lo a identificar rapidamente propostas enganosas. A cartilha enumera diversas orientações interessantes criadas a partir da experiência da Polícia Civil em lidar com esses crimes.

Dicas para se proteger:

• Para os investidores inexperientes em criptomoedas, o recomendado é buscar uma empresa autorizada, consolidada, que tenha planos de negócio e que monitore as transações.
• Invista uma parcela pequena do seu patrimônio para conhece e acompanhar a oscilação do mercado. Isso ajudará você, consumidor, a entender os altos e baixos do investimento
• Diversifique sua carteira, ou seja, tenha um portfólio com diferentes classes de ativos.
• Defina sua estratégia de investimentos.
• Busque orientações de profissionais e especialistas na área; leia livros e artigos; siga páginas sérias que produzam conteúdo fidedigno sobre o tema nas redes sociais; e acompanhe o mercado de moeda digital
• Sempre desconfie da promessa de enriquecimento rápido, com ganhos extraordinários e acima da média.
• Não acredite em empresas que prometem uma fórmula mágica para o enriquecimento, com operações novas, mirabolantes e, muitas vezes, secretas, que normalmente só oferecem a garantia de lucro alto e rápido, e nada de concreto
• Tenha cuidado com seus dados pessoais e suas senhas.
• Instale antivírus e o mantenha sempre atualizado.
• Nunca realize login em contas de criptomoedas utilizando wi-fi público, em lan houses e cyber cafés.
• Evite clicar em links e sites suspeitos.
• Pesquise sempre sobre a empresa e os seus representantes em sites como o Reclame Aqui e o Consumidor.gov.br.• Busque informações na Receita Federal, na Junta Comercial, na Comissão de Valores Imobiliários e no Banco Central
• Gerencie sua carteira digital e não repasse suas chaves públicas e privadas a terceiros.
• Cuidado com o incentivo à compra de novas moedas digitais antes mesmo do seu lançamento