Tech 25 Jul
Kathy Hochul, governadora do estado de Nova York, decretou estado de emergência de saúde pública para a varíola dos macacos em comunicado emitido na última sexta-feira (29). Oficiais da capital do estado declaram que a cidade é o epicentro de casos da doença viral reconhecida como “emergência de saúde global” pela OMS.
O comissário do departamento de saúde da cidade, Dr. Ashwin Vasan, estima que 150 mil habitantes estejam em risco de exposição ao vírus causador da zoonose. De acordo com Hochul, a declaração de emergência serve como uma maneira de “fortalecer nossos esforços contínuos para enfrentar o surto de varíola dos macacos”.
A declaração da governadora foi dada em sinergia com a confirmação de três casos de varíola dos macacos em crianças residentes do município de São Paulo. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, os três pacientes estão em monitoramento constante de equipes médicas e não apresentam sinais de agravamento da doença.
O anúncio se baseia nos esforços contínuos do estado de Nova York para responder ao surto de varíola dos macacos, incluindo esforços para garantir mais vacinas, expandir a capacidade de teste e distribuir as informações e recursos mais recentes para os novaiorquinos.
Governo de Nova York
Com o reconhecimento da mandatária, os laboratórios farmacêuticos e campanhas de imunização deverão agilizar os processos de fabricação e logística para que a população seja imunizada. A vacina Imvanex, fabricada pela Bavarian Nordic, já está aprovada para uso em várias regiões do mundo e será aplicada contra a propagação do ortopoxvírus
Seguindo a Espanha, os Estados Unidos são o segundo país com maior número de casos da varíola dos macacos, de acordo com os últimos dados coletados pela OMS. O Brasil ultrapassa 600 registros da doença e um caso fatal em Belo Horizonte, Minas Gerais.
A varíola dos macacos, assim como outras doenças virais, pode ser transmitida por meio de contato com pessoas infectadas por meio de fluidos corporais — como gotículas de saliva —, lesões na pele e objetos e superfícies contaminados. Os sintomas mais característicos são as erupções na pele em todo o corpo, além de febre, dores musculares e mal-estar.
A prevenção da doença é similar à do coronavírus. Higienização constante das mãos com álcool gel (70%) ou água e sabão são fundamentais após contato com superfícies e objetos em locais públicos. Outra prática recomendada é evitar compartilhar objetos de pessoas infectadas e com lesões na pele.
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