
Economia e mercado 11 Jul
12 de agosto de 2022 0
O Google concordou em pagar a multa de US$ 60 milhões por rastrear a localização dos usuários sem autorização. A quantia é estipulada pela Comissão Australiana da Concorrência e Consumidor (ACCC) após a gigante norte-americana coletar dados de usuários do Android, mesmo ao desativarem a opção de rastreamento no sistema operacional.
Segundo as informações divulgadas pelo Australian Associated Press nesta sexta-feira (12), o Tribunal Federal da Austrália concluiu estar “muito claro” que o Google levava usuários a acreditarem que estavam protegidos contra o rastreamento de atividades, uma vez que essa permissão era concedida por padrão na web e aplicativo.
A empresa teve suas violações declaradas sob duas leis nacionais do país. A primeira é relativa à conduta passível de confundir ou enganar os usuários; a segunda refere-se a fazer representações falsas sobre as características de um produto ou serviço.
As violações resultaram em duas multas de US$ 10 milhões e uma de US$ 40 milhões para o Google, além da obrigação de pagar 50% dos custos de tribunal do ACCC relativos até o dia 16 de abril de 2021, época em que a companhia recebeu a condenação.
Thomas Thawley, juiz responsável pelo caso, também ordenou que a empresa reveja suas políticas e faça alterações necessárias para que esteja operando em conformidade com a legislação australiana.
Gina Cass-Gottlieb, presidente do ACCC, acrescenta que a pena “envia uma forte mensagem para que as plataformas digitais e outros negócios não enganem os consumidores” em relação ao tratamento de seus dados.
O órgão regulador de concorrência foi acionado devido ao suposto objetivo das práticas irregulares do Google — anúncios direcionados. Com informações privilegiadas que incluem a geolocalização e interesses dos consumidores, a empresa é capaz de enviar propagandas muito mais atrativas para os usuários de sites que utilizam o Google Ads.
“Investimos muito para tornar as informações de localização simples e fáceis de entender e em ferramentas como a exclusão automática [de dados], minimizando a quantidade de dados armazenados”, disse um porta-voz do Google, sinalizando que o rastreamento não autorizado ocorria devido a problemas na escolha da linguagem utilizada em suas políticas.
A empresa encerra afirmando estar “comprometida em fazer atualizações para dar aos usuários mais controle e transparência”, mas esse não é o único caso em que a gigante das buscas é acusada de coletar dados abusivamente — mas pode ser o último, afinal, reportagens indicam que a Alphabet Inc. criará uma empresa dedicada apenas para os anúncios.
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