O Google anunciou que a transição para o Manifest V3, próxima versão de seu motor de extensões para o Chrome que sucederá ao Manifest V2, será iniciada em 2023. Para aqueles que não estão familiarizados com o assunto, isso poderia significar que os usuários não serão capazes de utilizar seus bloqueadores de anúncio no navegador.

Entre várias melhorias de privacidade e segurança prometidas pelo Manifest V3, as extensões bloqueadoras de anúncio serão afetadas por uma API chamada de “declarativeNetRequest”, que reduz significativamente a quantidade de links relacionados a anúncios que podem ser bloqueados em um site e poderia “quebrar” várias ferramentas dessa categoria.

A API “declarativeNetRequest” permite bloqueio de uma lista primitiva e pouco complexa de URLs relacionadas aos anúncios em uma página da web, substituindo a filtragem dinâmica utilizada pelas atuais soluções com a API “WebRequest” do Manifest V2.

A nova versão será limitada a apenas 30 mil entradas, enquanto a versão atual é capaz de utilizar mais de 300 mil. Isso tornaria os bloqueadores de anúncio pouco funcionais — ou até mesmo inutilizáveis — no Manifest V3.

O Chrome 99 passou a impedir o lançamento de extensões baseadas em Manifest V2, mas ainda é possível utilizá-las normalmente. Em janeiro de 2023, o Google iniciará a transição ao desativar o Manifest V2 em versões Beta, Dev e Canary do Chrome 112. A mudança também deve ocorrer no canal estável em junho de 2023 com o Chrome 115.

As extensões baseadas na versão anterior da plataforma serão ocultadas na Chrome Web Store em junho de 2023, e em janeiro de 2024, serão completamente removidas — ao menos, da versão pública do navegador. Para garantir suporte mais longevo às suas aplicações, usuários corporativos poderão continuar utilizando o Manifest V2 até o início de 2024.

Apesar dos problemas para os adblockers, o Manifest V3 promete mais segurança aos usuários ao limitar acesso às informações pessoais de rede e forçar que os desenvolvedores incluam toda a funcionalidade de suas extensões na própria ferramenta, impedindo que executem códigos remotamente e fora da “supervisão” do Google.

O que você achou da nova iniciativa do Google? Comente!