Tech 06 Jan
O programa que conta com câmeras de reconhecimento facial foi paralisado de forma temporária em São Paulo. A decisão vem da gestão Ricardo Nunes (MDB), que justificou a atitude como uma forma de impedir dúvidas a respeito da proposta. Vale lembrar que o sistema foi implementado nos metrôs e suspenso pela justiça em março deste ano.
O pregão eletrônico estava marcado para esta segunda-feira (5) e por meio dele seria definida a empresa para implementar o programa com 20 mil câmeras e sistemas de gestão de dados. Além disso, pelo menos 500 unidades de câmeras com reconhecimento facial seriam instaladas em locais com maior número de ocorrências.
A iniciativa, a princípio, não se relaciona só com segurança pública, como também com busca de desaparecidos e gerenciamento de tráfego. Nesse sentido, a ideia é ter algo como acontece nas cidades de Dallas e Chicago, nos Estados Unidos. Entretanto, a tecnologia já foi banida em outras regiões como São Francisco e Portland.
No Brasil, a ideia também gera debates por parte de parlamentares e entidades devido à identificação de “vadiagem” e pessoas pela cor da pele. Do mesmo modo, há discussão em torno da possível iniciativa de um monitoramento de redes sociais. Outro motivo é em relação a falsos positivos identificados nas câmeras de cidadãos negros.
A Prefeitura de São Paulo, por sua vez, divulgou uma nota na qual diz que removeu os termos “vadiagem” e “cor” da primeira versão do edital. Segundo o órgão, as expressões davam margens para interpretações equivocadas. Por fim, a iniciativa será implementada com a utilização de drones, câmeras corporais e veiculares.
Em 2021, o sistema de reconhecimento facial “Embarque + Seguro” foi testado em aeroportos de Ribeirão Preto e Brasília.
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