Segurança 24 Mar
Atualização (13/4/2023) - HA
A agência italiana de proteção de dados Garante enviou uma série de demandas à OpenAI para que o ChatGPT, bloqueado no país no final do mês passado, possa voltar a funcionar por lá. O motivo foi uma investigação sobre uma possível violação das regras de privacidade, e a empresa de inteligência artificial ainda não respondeu ao órgão.
A Garante pede que a OpenAI informe os usuários italianos sobre os métodos e a lógica por trás do processamento de dados necessários no ChatGPT. Além disso, a Itália pede ferramentas que permitam que indivíduos, incluindo não usuários, solicitem a correção ou exclusão de dados pessoais gerados de forma imprecisa pela plataforma.
Além disso, a OpenAI deve introduzir um sistema de verificação de idade até o final de setembro para excluir o acesso a usuários menores de 13 anos.
A Itália está influenciando a ação de outros países, que também estão de olho em implementar medidas mais rígidas para chatbots. A agência de proteção de dados da Espanha pediu ao órgão regulador de privacidade da União Europeia para avaliar as preocupações em torno do ChatGPT.
Texto original (31/3/2023)
O ChatGPT foi bloqueado na Itália nesta sexta-feira (31). A informação vem do próprio órgão responsável pela privacidade no país, que emitiu um comunicado de imprensa afirmando que o serviço está impedido de funcionar até que cumpra todos os regulamentos de privacidade.
Não apenas isso, como as autoridades também chegaram a abrir uma investigação acerca do chatbot. Tudo isso é consequência do recente vazamento de dados que ocorreu na tecnologia desenvolvida pela OpenAI. Além disso, houve outros bugs que influenciaram na privacidade das conversas dentro do portal.
De acordo com as autoridades, os aspectos apontados como problemas no ChatGPT incluem a falta de informação aos usuários sobre as informações que são coletadas pela desenvolvedora. Do mesmo modo, o órgão cita que nem sempre as respostas do chatbot são baseadas em dados reais.
Apesar do serviço ser voltado para maiores de 13 anos, não há filtros que realmente verifiquem a idade de cada um. Por fim, as autoridades afirmam que não há base legal que "justifique a recolha e armazenamento em massa de dados pessoais para efeitos de “treinamento” dos algoritmos subjacentes ao funcionamento da plataforma".
Por enquanto, o serviço ainda está operando, mas deve ser bloqueado nas próximas horas e a OpenAI tem 20 dias para responder às autoridades com as medidas tomadas para resolver essas questões. Caso não faça isso, a empresa pode sofrer uma multa de 20 milhões de euros (R$ 111 milhões).
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