Nesta segunda-feira (5), o Google anunciou uma novidade que considera ser a chegada do futuro sem senha ao mundo corporativo. A empresa passou a permitir a partir desta data, em versão Beta e aberto, que seus usuários façam login nas contas do Workspace e do Cloud com chaves de acesso, no lugar de senhas.

De acordo com o comunicado oficial, a iniciativa vem para reforçar a companhia na vanguarda das tecnologias de defesa e ataque contra hackers. Além disso, a gigante de Mountain View se torna o primeiro e único provedor de nuvem a fornecer login sem senha para organizações privadas e setor público.

O login por chaves de acesso promete uma proteção maior ao usuário, uma vez que as senhas são entendidas como fáceis de se quebrar, perder ou tornar a segurança das empresas vulnerável.

Segundo dados da operadora norte-americana Verizon, mais de 60% das violações de dados ocorridas em 2021 englobaram credenciais roubadas ou a prática de phishing – quando o cibercriminoso utiliza uma “isca” para ter as informações sensíveis da vítima.

Além disso, as estatísticas da IBM mostraram que esses problemas de cibersegurança causados por ataques de phishing custaram, em média, US$ 4,91 milhões para as organizações. Sem contar o estudo de outubro de 2022 da SlashNext, que indica um crescimento de 61% desse tipo de ataque. com somatória em seis meses de 255 milhões.

As chaves de acesso são consideradas alternativas para a utilização de senhas convencionais na hora de acessar uma conta. Elas podem funcionar por meio de impressão digital, reconhecimento facial ou outro mecanismo de bloqueio de tela em celulares, notebooks ou desktops.

Por se basear na biometria e não depender da memória do usuário, ela ainda traz mais facilidade ao usuário. Dados do Google de março a abril de 2023 mostram que essas chaves são duas vezes mais rápidas e quatro vezes menos propensas a erros que os convencionais códigos.

A mesma pesquisa ainda sinaliza para a proteção mais forte das chaves de segurança que de SMS, senhas únicas por apps ou outras formas de autenticação de dois fatores (2FA) contra riscos como bots automatizados, ataques massivos de phishing e ataques direcionados.

Vale lembrar que o Google já havia reforçado a segurança para o Workspace no final de fevereiro deste ano, ao inserir novos recursos de criptografia a ferramentas como Gmail e Agenda.

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