
Tech 02 Jun
07 de junho de 2023 14
A servidora pública Eliana Miranda teve um prejuízo de R$ 255 mil após golpistas invadirem a sua conta no Nubank. O caso aconteceu no dia 19 de maio e a fintech informou que "segue investigando detalhadamente o ocorrido para tomar eventuais medidas cabíveis".
Em entrevista ao site Tilt, Eliana relatou que tudo começou quando uma suposta funcionária do Nubank ligou e disse ser da equipe de segurança de operações da empresa. No entanto, a ligação foi apenas um pretexto para os golpistas agirem.
A suposta funcionária disse que não pediria informações e até orientou Eliana a não repassar senhas ou clicar em links. A golpista pediu apenas para a servidora confirmar dados pessoais e para entrar no aplicativo do Nubank para uma validação de segurança.
Eliana disse que se recusou de início pois o Nubank não costuma fazer ligações para os seus clientes. Porém, a golpista insistiu e disse que se tratava de uma situação de emergência para interromper uma suposta tentativa de fraude que estava em andamento.
Como a suposta funcionária tinha todos os seus dados, Eliana atendeu ao pedido. Após clicar em um item na plataforma do Nubank, foi levada para outra tela e um arquivo desconhecido foi baixado de forma automática no smartphone.
A golpista levou Eliana para uma suposta validação com reconhecimento facial e biométrico na aba "segurança" da plataforma do banco. Na sequência, a tela do aparelho da servidora apagou e a suposta funcionária afirmou que isso fazia parte do processo.
A cliente foi convencida após receber um e-mail do Nubank validando sua identidade. Porém, os golpistas tinham acabado de cadastrar e autenticar a conta de Eliana em um Apple iPhone 7 Plus, que não é o aparelho da vítima.
Ainda na ligação, a golpista disse que um empréstimo de R$ 20 mil havia sido realizado, mas que todas as operações seriam desconsideradas. Segundos depois, a vítima recebeu um e-mail do Nubank informando sobre a liberação do dinheiro.
Assustada, Eliana respondeu o banco por e-mail, mas não teve um retorno imediato. Pouco depois, a ligação caiu, e a tela do celular continuou preta. Após reiniciar o aparelho, a vítima percebeu que o aplicativo do Nubank não estava mais instalado.
Depois que conseguiu entrar na conta novamente, Eliana viu que suas economias sumiram. Ainda segundo o relato da servidora, o golpe aconteceu por volta das 11h30, mas só foi às 13h32 que ela passou a receber avisos de "bloqueio preventivo" do Nubank.
A servidora pública disse que os criminosos fizeram 14 operações em cartões de crédito que totalizaram R$ 126.717,27. Outros R$ 128.307,00 foram gastos no pagamento de 11 boletos. Os golpistas criaram oito cartões virtuais para fazer as compras.
"Eu ia comprar uma casa com esse dinheiro e casar no ano que vem. Não tenho patrimônio, era o único dinheiro que tinha, guardado há anos. No começo a gente se sente muito culpado, tem vergonha de contar o que aconteceu para outras pessoas. É um trabalho bem complexo para entender que fui vítima", disse Eliana ao site Tilt.
Após voltar o acesso ao app, a vítima contestou as transações, mas o Nubank teria entendido que não houve golpe no caso. Um boletim de ocorrência online foi registrado no mesmo dia por Eliana. Na manhã seguinte, ela foi à delegacia, mas ouviu que pouco poderia ser feito.
Uma ação na Justiça foi movida pedindo a anulação do empréstimo e uma indenização por danos morais e materiais no valor total de R$ 275 mil. Até agora, uma liminar suspendeu o pagamento da fatura do cartão de crédito (R$ 11 mil) e da parcela do empréstimo (R$ 20 mil).
Em nota, o Nubank afirmou que ainda não foi oficialmente intimado da decisão judicial ou do processo em curso. O banco digital disse também que "segue investigando detalhadamente o caso para tomar eventuais medidas cabíveis, se aplicáveis".
Confira a nota do Nubank na íntegra a seguir:
O Nubank não foi oficialmente intimado da decisão judicial ou do processo em curso.
É importante ressaltar que, paralelamente, a empresa segue investigando detalhadamente o caso para tomar eventuais medidas cabíveis, se aplicáveis.
Por questões de sigilo bancário, não é possível comentar o caso específico. A empresa se manifestará diretamente com a cliente via canais oficiais de atendimento quando concluir a análise interna e/ou no âmbito do processo judicial no momento propício.
Investimos continuamente em ferramentas preventivas, canais de suporte e monitoramento do uso de seus serviços para proteger a experiência de seus clientes.
A empresa também promove constantemente uma série de iniciativas com dicas de segurança e alertas sobre golpes para dificultar que incidentes dessa natureza ocorram.
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