Economia e mercado 22 Jun
Atualização (22/06/23) - JB
O Twitter voltou a pagar à Alphabet pelo uso dos serviços de nuvem do Google. A informação foi confirmada por mais de uma fonte com acesso à nova CEO da empresa, Linda Yaccarino.
Segundo essas pessoas, após a plataforma se recusar a pagar o Google Cloud por algum tempo, a CEO entrou pessoalmente na negociação para restaurar o relacionamento entre as empresas.
Com isso, as companhias também firmaram um acordo onde o Google poderá trabalhar com o Twitter no mercado publicitário dentro da rede social.
Por enquanto, o Twitter não confirmou o acerto com o Google. Já o porta-voz da Alphabet se recusou a comentar o assunto.
Texto original (12/06/23)
O Twitter se negou a pagar suas contas pelo uso dos serviços em nuvem do Google Cloud, segundo uma reportagem divulgada no último sábado (10) pelo Platformer. Com isso, os usuários e empresas que possuem uma conta na rede social temem que a segurança da plataforma esteja em risco.
Antes da aquisição da rede social por Elon Musk, o Twitter havia contratado serviços em nuvem de terceiros para complementar sua infraestrutura de servidores e garantir a estabilidade da plataforma. Com isso, um acordo bilionário foi firmado com o Google para hospedar algoritmos de detecção de spam, material com abuso infantil e outras aplicações.
A companhia estaria tentando renegociar o contrato desde março, segundo informações divulgadas no último mês. Além dos problemas com o Google, é reportado também que o Twitter estaria atrasando pagamentos para o Amazon Web Services, a plataforma de serviços em nuvem da gigante varejista que também presta recursos para a rede social.
O contrato é válido até o final deste mês, portanto, o Twitter deve migrar todos os serviços hospedados nos servidores do Google Cloud para outra nuvem até 30 de junho. Caso a empresa falhe nesse processo, a rede social poderia ficar suscetível ao compartilhamento desenfreado de spam e material de abuso sexual infantil.
As informações são reveladas pouco após noticiarmos a demissão da chefe de segurança e moderação do Twitter em 2 de junho. Ella Irwin, que supervisionava as políticas de combate ao assédio e discurso de ódio na plataforma, deu sequência a uma série de demissões de executivos da companhia desde a aquisição por Elon Musk.
Usuários do Twitter enfrentaram vários problemas ao tentar gerenciar suas configurações de segurança ao longo dos últimos meses. Em maio, a rede social falhou ao moderar o compartilhamento de imagens relacionadas a um tiroteio em massa em um shopping do Texas, no Arizona, Estados Unidos, que resultou na morte de 9 pessoas.
No mesmo mês, um bug permitiu que qualquer pessoa pudesse ver os tweets dos usuários em uma “Roda”. Na ocasião, o Twitter reconheceu os problemas e informou estar “comprometido em proteger a privacidade das pessoas” que usam seu serviço.
Paralelo a isso, a rede social foi alvo de críticas por disponibilizar criptografia de ponta a ponta em mensagens diretas somente para os clientes do Twitter Blue, um plano de assinatura que cobra até R$ 60/mês para oferecer recursos adicionais.
Comentários