O Google anunciou, na manhã desta segunda-feira (13), que está tomando atitudes legais contra golpistas que exploram a popularidade dos serviços de inteligência artificial para espalhar malware. Em publicação no blog oficial, a empresa afirma que os criminosos estão roubando dados dos usuários com um vírus “disfarçado” de Google Bard.

Conforme explicado pela big tech, os indivíduos parecem estar baseados no Vietnã. Esses golpistas criam páginas em redes sociais para veicular anúncios incentivando os usuários a “baixarem” o serviço de IA generativa do Google. O arquivo baixado, na verdade, é um malware que rouba dados de login e senhas.

A gigante das buscas afirma ter enviado aos golpistas centenas de solicitações para que o conteúdo seja removido, mas pretende impedir que os criminosos configurem novos domínios que possam enganar as vítimas. O objetivo é garantir que esses agentes se tornem incapazes de registrar novos domínios nos Estados Unidos.

Os réus são três indivíduos, cujas identidades são desconhecidas, que afirmam fornecer, entre outras coisas, ‘a versão mais recente’ do Google Bard para download. Os réus não são afiliados de forma alguma ao Google, embora finjam ser. Eles usaram marcas registradas do Google, incluindo ‘Google’, ‘Google AI’ e ‘Bard’ para atrair vítimas desavisadas a baixar malware em seus computadores.

Google

Outra ação judicial movida pela empresa mira um grupo de agentes maliciosos que abusam da Lei de Direitos Autorais do Milênio Digital (DMCA) falsificando processos de remoções de direitos autorais para prejudicar concorrentes.

Criminosos teriam criado dezenas de contas do Google para enviar milhares de reivindicações falsas de direitos autorais contra seus concorrentes. Essas alegações fraudulentas resultaram na remoção de mais de 100 mil sites de empresas, causando milhões de dólares de prejuízo e milhares de horas em tempo perdido de funcionários.

“Os processos judiciais são uma ferramenta eficaz para estabelecer um precedente legal, interrompendo as ferramentas usadas por golpistas e agravando as consequências”, disse Halimah DeLaine Prado, conselheira geral do Google.

Antes do "boom" da inteligência artificial, um dos assuntos que estavam em alta eram as criptomoedas, e assim como ocorre atualmente com os serviços de IA generativa, esses valores eram alvo de exploração por parte de golpistas.

Em 2022, a ESET descobriu 13 aplicativos maliciosos na Google Play Store que “fingiam” ser carteiras de criptomoedas e roubavam dados sensíveis de usuários, incluindo senhas de carteiras digitais.

O relatório da empresa de segurança cibernética denunciava mais de 40 sites que imitavam plataformas de criptomoedas legítimas, como a Coinbase e Trust Wallet, para induzir o usuário a instalar aplicações que continham malware para Android e iOS. Os autores também recrutavam pessoas para enviar spam a vítimas no Telegram e Facebook.