Segurança 21 Dez
O atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou que o governo federal não vai controlar ou espionar os dispositivos dos brasileiros que aderirem à plataforma Celular Seguro, serviço de bloqueio remoto lançado nesta semana.
Em entrevista ao site Tecnoblog, Cappelli classificou essa possibilidade como “terraplanismo e teoria da conspiração”. O secretário-executivo também garantiu a segurança de todo o novo mecanismo, que bloqueia celulares roubados, furtados ou perdidos.
"A nossa consultoria jurídica é feita por servidores da Advocacia Geral da União. Ela foi muito rigorosa na adesão dos bancos. Todas as empresas tiveram que assinar um conjunto de documentos se comprometendo com a LGPD. Saiu a notícia de que o Flávio Bolsonaro elogiou a iniciativa. Eles sabem que é uma boa ideia e que vai funcionar. Na luta política, inventam essas maluquices", afirmou Ricardo Cappelli ao Tecnoblog.
Cappelli também expôs que o serviço já teve a adesão de 480 mil pessoas. Além disso, mais empresas procuraram o Ministério da Justiça, responsável pela plataforma, para participar do projeto. O sistema está rodando sem problemas, garantiu Ricardo.
O projeto Celular Seguro usa o CPF do usuário, o número de celular e o IMEI do smartphone para informar as empresas que houve um registro de furto, roubo ou perda relacionado a um determinado aparelho. Após isso, as companhias tomam as devidas providências.
Ricardo Cappelli citou que a maioria dos bancos tem um tempo entre 10 e 30 minutos para adotar alguma medida. A ideia inicial é bloquear o acesso a todos os aplicativos financeiros e de dados do celular, além do bloqueio do IMEI, impedindo a conexão com uma rede.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça também comentou que a Meta disse não ter condição neste momento de assumir um compromisso com bloqueio ou mesmo suspensão temporária das contas do WhatsApp, Instagram e Facebook.
A posição da Meta decepcionou os responsáveis pelo projeto. Por fim, Cappelli disse que vai buscar convencer as gigantes da tecnologia como Apple, Google e Samsung a participarem diretamente nessa iniciativa. Inicialmente, o foco foi na Febraban e em fintechs.
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